O Bloco de Esquerda (BE), através de requerimento, questionou se “o Governo pretende intervir no parque habitacional do Sobreiro (Giela)”, tendo em consideração o seu “avançado estado de deterioração”.
Por intermédio da deputada Isabel Pires, o BE “quer saber também o motivo por que o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) não responde às sucessivas solicitações dos moradores para deslocação deste instituto ao local para resolução de problemas de manutenção”.
A este respeito, e em nota enviada ao NA, um morador do Bairro do Sobreiro mostra-se “indignado com a falta de condições em que vivem os residentes deste aglomerado de habitação social”. O queixoso reclama das condições estruturais dos edifícios, sublinhando mesmo que os moradores vivem em condições “desumanas”.
De acordo com o requerente, “os moradores têm solicitado a intervenção do IHRU” no sentido de serem realizadas obras de manutenção das habitações. Para esse efeito, os problemas já foram “reportados ao IHRU por email e via telefone mais de cem vezes, sem qualquer resposta”.
Os moradores queixam-se de “infiltrações de água”, de “inundações em compartimentos quando chove muito”, do “mau estado de conservação das janelas e dos estores”, do “estado deplorável das varandas” e das “condições precárias da cobertura”, facto que coloca em risco a segurança e o bem-estar das pessoas.
Em causa está, sobretudo, o desinvestimento ao longo de várias décadas no parque habitacional. “A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e o IHRU não fazem nada para reparar a situação, só dão desculpas ou nem sequer respondem aos emails”, acrescenta o morador no comunicado.
O parque de habitação social do Sobreiro, da responsabilidade do IHRU, é composto por 33 fogos de tipologia T3, distribuídos por três edifícios, cuja construção remonta à década de 70 do século passado. Neste parque habitacional, o Município de Arcos de Valdevez detém três fogos de tipologia T3.
Entretanto, a deputada bloquista, Isabel Pires, está de visita ao bairro social do Sobreiro esta sexta-feira, 27 de outubro (pelas 16.30).
