De 9 a 11 de novembro, os 21 Centros Ciência Viva (CCV) do país trocam de diretores, numa operação de divulgação do trabalho e da importância da rede, promovendo a ciência a nível nacional. A troca de cadeiras, segundo a organização, “vai servir para transportar diferentes programas e aprendizagens, desafiando cada CCV a proporcionar experiências inspiradoras aos visitantes”. Rosalia Vargas, diretora do Pavilhão do Conhecimento, dirige, entre esta quinta-feira e o próximo sábado, 11 de novembro, o CCV dos Arcos – Oficinas de Criatividade Himalaya.
“Estou muito feliz por estar aqui […] para, na esteira do que dizia Mariano Gago, difundir os três pilares da Ciência Viva: trabalhar com os políticos, trabalhar com os cientistas e trabalhar com os professores”, sublinhou Rosalia Vargas, igualmente responsável pela Agência Nacional de Ciência Viva, no início dos trabalhos da reunião de Câmara, ocorrida numa das salas do CCV dos Arcos.
Assinalou o primeiro dia de três a oficina “Debaixo dos nossos pés” que a professora Ruth Pereira (da Universidade do Porto e diretora do Centro de Investigação GreenUPorto) dinamizou, tendo como mote o “solo”, um dos elementos fundamentais para o crescimento das plantas – estas são essenciais para evitar a erosão do solo permitindo também uma maior retenção de água. O público teve oportunidade de explorar as características de três tipos de solo para descobrir qual o mais permeável.
Mas o ponto alto da jornada inicial consistiu na criação da Escola Ciência Viva dos Arcos, dentro do museu, desafio que foi discutido em reunião com a presença das direções das escolas básicas do Agrupamento de Valdevez e das Associações de Pais dos estabelecimentos de ensino envolvidos.
De resto, até sábado, estão anunciadas muitas atividades experimentais para mobilização de professores, alunos, cientistas e cidadãos. O programa contempla ainda um diversificado conjunto de oficinas experimentais para crianças, jovens e adultos, com palestras sobre temas de grande relevo, nomeadamente acerca dos resíduos (10 de novembro, pelas 15h00) e energias renováveis (11 de novembro, pelas 14h00). Destaque também para as corridas de carrinhos solares e cozinhados em fornos ao ar livre.
A iniciativa inclui a presença do engenheiro agrónomo, Raul Rodrigues, que se debruçará sobre as mais de cem maçãs identificadas na região do Minho (10 de novembro, 17h00).
De referir, entretanto, que vai nascer no CCV dos Arcos uma quinta dedicada às ervas aromáticas e medicinais, em ligação com o legado do padre Himalaya na área da botânica, entre muitas outras.
