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Aprovado plano para a “regeneração” do Campo do Trasladário

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O Município de Arcos de Valdevez aprovou, por unanimidade, o plano para a requalificação da frente urbana ribeirinha da margem direita do rio Vez – MasterPlan –, uma iniciativa que se estende entre as imediações do Centro Coordenador de Transportes e o anfiteatro fronteiro à “Ponte Nova”, com o objetivo de beneficiar o circuito numa linha de continuidade. A intervenção será feita a pensar nas próximas décadas. 

A maioria social-democrata e a oposição socialista concordam que “este projeto, em conjunto com a iniciativa ‘Acessibilidade 360º’, igualmente na margem direita do rio Vez, irá dotar toda esta área de características urbanas e de usufruto do espaço público. As pessoas que entrarem no Campo do Trasladário vão perceber que estão numa zona nobre em termos de fruição de espaço”, diz João Manuel Esteves, opinião corroborada por João Braga Simões. O resultado será, em parte, do tipo rua-jardim, com árvores e espaços verdes (alguns já existentes), alternados com zonas de estar.

Segundo o projeto, está prevista uma operação urbanística de “grande alcance”, com a opção de “fazer um nivelamento único de passeios, estrada, jardins e Campo do Trasladário […], a fim de permitir a vivência deste espaço, indo ficar a ganhar quer o transeunte quer a fluidez do tráfego automóvel”. Nesta operação serão utilizados “materiais modernos” e será feita uma “uniformização do pavimento em termos de revestimento”, adianta o técnico Carlos Machado.

Com esta solução arquitetónica, vão desaparecer lancis, passeios, elevações de bermas e outras demarcações físicas/espaciais, indo os circuitos pedonais passar a ter uma “convivência próxima” com o trânsito automóvel, facto este que reclamará a priori uma responsabilidade acrescida tanto de automobilistas como de peões, ao mesmo tempo que será induzida uma maior atenção do lado de quem tem a seu cargo a manutenção dos espaços, competência da Câmara Municipal, e a vigilância e proteção do espaço público, sob a incumbência da GNR, para salvaguarda e cumprimento de regras. 

Os promotores do projeto são de opinião que “é possível reduzir a dependência automóvel sem prejudicar a acessibilidade aos espaços e sem diminuir a atividade económica do centro urbano”, admitindo-se, aliás, que o comércio de proximidade possa “sair a ganhar ao privilegiar-se o acesso das pessoas a pé”. Para criar um efeito de continuidade, no espaço prévio à Rotunda do ‘Chafariz’ será feita uma “marcação no chão à saída da Ponte Centenária interligando-a com a Rua dos Açougues”.

 

Ressalvas do PS

Para os vereadores do PS, o projeto de beneficiação do Campo do Trasladário deve observar alguns elementos críticos, desde logo o “Outdoor Luminoso situado no início da rua Conselheiro Pedro Brito (junto à Rotunda do ‘Chafariz’), o qual deve ser retirado, eliminando-se um obstáculo inestético que impacta a paisagem urbana e o casario da citada rua, para lá do facto de tirar visibilidade a quem observa o Campo do Trasladário do cimo do arruamento”.

Ainda segundo a vereação socialista, “urge, igualmente, encontrar uma solução para o estacionamento, que nos parece abusivo nos dias de hoje, ou pelo menos incompatível com esta solução urbanística, situação que se verifica nos jardins do edifício ‘Sol do Vale’ e que confronta com o passeio público a ser intervencionado”.

Por outro lado, à luz do que defende o PS para a “malha urbana do concelho”, é “crucial que o terreno imediatamente a montante da Ponte do Toural garanta uma coerente continuidade do espaço público e equipamentos que vêm de jusante, de forma ampla, com espaços verdes e adequada articulação com a entrada, de facto, da ecovia do rio Vez daquele lado da vila”. 

Complementarmente, na ótica do vereador João Braga Simões, “qualquer projeto de edifício que se projete para aquela área nobre do concelho não deve permitir, em nenhuma circunstância, a edificação de empreendimento do tipo de grande superfície comercial, como, aliás, frisámos em intervenções passadas”. 

 

“Projeto em consonância com o perfil de intervenção consagrado no PDM em vigor”

Em resposta a esta preocupação, e sob o pretexto de que a construção de mais um hipermercado na periferia da vila dos Arcos podia “matar de vez” o comércio tradicional, os serviços técnicos municipais garantem que o espaço em questão “foi integrado no plano de requalificação de forma a dar unidade e consistência à iniciativa”, estando o projeto desenhado “com base no Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor e em consonância com o perfil de intervenção consagrado a Áreas Verdes e de Reserva Ecológica”. 

A.F.B.

 

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