17.8 C
Arcos de Valdevez Municipality
Domingo, Outubro 6, 2024
InícioConcelhoEixos para o desenvolvimento da faixa oeste de Arcos de Valdevez

Eixos para o desenvolvimento da faixa oeste de Arcos de Valdevez

Date:

Relacionadas

Associação Identidade e Património de Soajo quer “rever limites da Freguesia e dos Baldios”

A organização Soajo Identidade e Património – Associação de...

Aniversário da ACDUC

Com um vasto programa de atividades musicais e gastronómicas,...

Educação Ano letivo começa a 13 de setembro no Agrupamento de Valdevez

O início das atividades letivas no Agrupamento de Escolas...
spot_imgspot_img

O Estudo para o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Território Oeste de Arcos de Valdevez (território de Santa Cruz), lançado em 2021, visa criar condições para uma simbiose entre o uso eficiente do património natural/construído existente e as atividades socioeconómicas a desenvolver em torno do turismo, da floresta, da endogenia (produtos locais) e da cultura. O projeto em curso é guiado pelos mesmos quatro pilares que também norteiam os territórios adstritos à Reserva Mundial da Biosfera: promoção do território, desenvolvimento socioeconómico, conservação da natureza e envolvimento das comunidades.

“A ideia que está subjacente ao projeto é definir uma área que se estende da cascata de Rio Cabrão até aos fortes do Extremo, passando ainda pelo Monte do Castelo, eventualmente como porta de entrada, e indo até à fronteira com Paredes de Coura, onde o Centro de Educação e Interpretação Ambiental (Área da Paisagem Protegida do Corno do Bico) é um importante polo de atração para visitantes e turistas”, diz o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez.

Além do imenso património (inventariado) e dos pontos de interesse turístico a explorar, como complemento está pensada a promoção de iniciativas culturais, nomeadamente festas temáticas, residências artísticas (arte na paisagem), música e até um “jardim das comunidades”. Eventualmente, nalgum imóvel devoluto, poderá funcionar um centro de interpretação do mundo rural para que o visitante veja como era uma cozinha e uma adega do antigamente, conheça utensílios relacionados com a produção agropecuária (vinho, milho e gado) e fique familiarizado com as tradições (linho, trajes, festas populares…). 

A iniciativa está ancorada em “espaços repletos de valores arquitetónicos”, onde se incluem miradouros, trilhos, casas florestais, parques de merendas, entre outros elementos, numa perspetiva de correlação com o que de melhor se pode visitar e fruir nos concelhos vizinhos de Paredes de Coura e Ponte de Lima. Mas, para lá do património construído, o eixo oeste é fértil em locais de passeio e recantos naturais. 

Um dos “campos de exploração” está instalado no território de Rio Frio-Miranda, onde o centro de interpretação de flora autóctone surge como “elemento preponderante” e “polo agregador para agarrar visitantes”, acrescenta João Manuel Esteves. 

Um segundo espaço (a ordenação é aleatória), na área de Rio de Moinhos, Senharei, Sabadim, Eiras e Mei, aparece associado ao património arqueológico, que “pode ser potenciado”, diz o edil arcuense.

O terceiro itinerário, caminho de paragem obrigatória na zona de Padroso, Portela e Extremo, tem como grande pilar a História e como elemento catalisador os fortes do Extremo, segundo uma lógica de valorização do património histórico construído e nele caberão campos de trabalho e experiências. 

Um outro circuito, espécie de porta de entrada do projeto, a promover em Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Monte Redondo, terá como alicerces o Penedo do Castelo, a capela, a ex-casa florestal e a mata que se prolonga até Aveleiras (Rio Frio).

 

Intervenções a efetuar no Monte do Castelo

A obra no Monte do Castelo envolve um conjunto de intervenções na capela, no Penedo do Castelo, na Casa da Mesa, no parque de merendas e na antiga casa florestal. O projeto, de âmbito especialmente cultural, está a ser desenvolvido e contempla beneficiações de diversa índole. Uma das ideias passa por reeditar o trilho da Procissão, entre a zona urbana e o Monte do Castelo,

O projeto encerra quatro grandes áreas ou eixos. O primeiro diz respeito à zona onde está a casa florestal (em tempos idos foi de grande relevância para os serviços florestais), com o objetivo de fazer dela um posto de receção e um centro interpretativo.

Nas costas da capela, há uma zona organizada em pequenas leiras, onde os caseiros cultivavam vários produtos. Este sítio, apetrechado com mesas e casas de banho, é pouco usado. “No fundo, pretendemos valorizar o espaço em torno da antiga casa florestal, beneficiando os espaços à volta e concebendo áreas multifunções”, adianta fonte do executivo. 

A segunda intervenção está consagrada à zona onde se encontra a estrada e o Penedo do Castelo, o símbolo do lugar. “Mais do que o acesso, esta área precisa de ser requalificada para melhorar o espaço público. O maior problema que temos lá é a proliferação de mimosas, austrálias e eucaliptos. Teremos de articular com os proprietários particulares a melhor forma de limpar o espaço”, complementa a mesma fonte.

“A estrada do Monte do Castelo é como se tivesse várias varandas viradas ao vale, mas é importante aumentar a nossa capacidade de visão sobre o horizonte. Para isso, interessa-nos remover as invasoras, já que estas não apresentam qualquer valor ambiental”, justifica o executivo municipal. 

Uma terceira intervenção é referente à capela de modo a valorizar este espaço. “Há uma necessidade premente de melhorar esta área, criando um espaço público de fruição sem automóveis. Para edificar uma plataforma, a pensar em eventos, temos de otimizar as condições de estacionamento”, ressalva o executivo. 

Uma quarta intervenção consiste em erguer um “jardim botânico, com espécies provenientes de vários sítios, que sejam representativas da flora autóctone”.  

 

Colocação de sinalética nos trilhos 

O Município de Arcos de Valdevez vai proceder à sinalização dos percursos pedestres adstritos ao território de Santa Cruz. “Os trabalhos incluem pintura de trilhos, operações de limpeza e desmatação dos espaços”, sublinha a vereadora Emília Cerdeira. 

A edilidade arcuense elaborou plantas sobre as zonas dos trilhos; as oito portas de entrada (maior acessibilidade) para cada conjunto de trilhos (apetrechados com indicadores de percurso e placas direcionais); os painéis de rodovia com informação relativa ao território de Santa Cruz; os principais eixos de visitação (vinte pontos de interesse); e a indicação de infraestruturas como parques de merendas e miradouros (dez). 

Ao todo, “serão devidamente sinalizados vinte inícios de percurso”.

A.F.B.

Subscreva

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Recentes