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Grande renovação de rostos em 2025 devido à lei de limitação de mandatos Dezanove presidentes de junta no último mandato

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Há 19 presidentes de junta no concelho de Arcos de Valdevez que estão a exercer o seu terceiro e último mandato consecutivo (ou mais no caso dos autarcas que transitaram de freguesias autónomas para as agregações resultantes da reforma territorial autárquica de 2012, que “extinguiu” administrativamente 15 freguesias neste concelho). As próximas eleições autárquicas, em setembro ou outubro de 2025, vão assinalar, por isso, uma grande renovação de caras no espectro político das freguesias. 

Estão a 18 meses de abandonar o cargo de presidente nos respetivos executivos os autarcas José António Duarte (Aboim das Choças), Joaquim Campos (Cabana Maior), João Carlos Barbosa (Cabreiro), Nelson Fernandes (Oliveira), Susana Amorim (Padroso), Luís Carlos Pinto (Rio de Moinhos), José Sousa Barros (Sabadim), Pedro Alves (Jolda São Paio), Sérgio Rodrigues (Sistelo), Mário Cerqueira (Vale), Paulo Fernandes (Álvora e Loureda), Francisco Mendes (Arcos de Valdevez São Paio e Giela), Rui Aguiam (Arcos de Valdevez São Salvador, Vila Fonche e Parada), Eugénio Fernandes (Guilhadeses e Santar), Carlos Dias (Padreiro Salvador e Santa Cristina), Arlindo Barbosa (Portela e Extremo), Glória do Carmo Alves (Souto e Tabaçô), António Maria Sousa (Távora Santa Maria e São Vicente) e Alberto Faria (Vilela, São Cosme e São Damião e Sá). 

A grande maioria dos autarcas em questão foi eleita em listas do PSD, excetuando os socialistas Pedro Alves e António Maria Sousa, e os independentes Susana Amorim e Rui Aguiam – este último como cabeça-de-lista do Movimento Independente Arcos de Valdevez (MIAV), o qual foi gerado no seio do PSD, partido do qual é militante Jaime Pinto, vogal do executivo da Junta da União das Freguesias de Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada, o provável candidato do MIAV à Junta da referida agregação em 2025.

Das 19 jurisdições administrativas o PSD concorreu sozinho a sete nas eleições autárquicas de 2021 (assim aconteceu em Vilela, São Cosme e São Damião e Sá, Portela e Extremo, Sistelo, Rio de Moinhos, Oliveira, Cabana Maior e Aboim das Choças), pelo que nas hostes do PSD se dá como “tranquila” a sucessão. 

Mas com a saída de vários veteranos do PSD, “abre-se” uma janela de oportunidade em freguesias onde a oposição, sobretudo o PS, tem ido a votos, nomeadamente em Padreiro Salvador e Santa Cristina, Souto e Tabaçô, Arcos de Valdevez São Paio e Giela, Álvora e Loureda, Vale, Sabadim e Cabreiro. 

Já as freguesias de Jolda São Paio e Távora Santa Maria e São Vicente, onde Pedro Alves e António Maria Sousa estão de saída em 2025, igualmente por limitação de mandatos, são vistas como aspirações de poder do lado do PSD, sendo expectável uma luta renhida com os socialistas daqui a ano e meio. 

Outra conclusão que a debandada forçada revela, segundo uma tendência (de género) difícil de contrariar, é a hegemonia dos homens na “arena” política local: naquele contingente há 17 homens e apenas duas mulheres, Susana Amorim e Glória do Carmo Alves. 

 

Os autarcas que ainda podem ir até 2029 e 2033

São seis os novos autarcas que saíram das eleições de 2017 – Horácio Cerqueira, em São Jorge e Ermelo; Isabel Vieira, em Grade e Carralcova; Miguel Galvão, em Senharei; Albino Ferrão, em Paçô; Ricardo Coelho, em Aguiã; e José de Brito Oliveira, na Miranda – e que podem renovar um terceiro mandato em 2025.

Enquanto isso, e porque foram eleitos pela primeira vez em 2021, são 11 os presidentes de junta que ainda podem ficar no poder local e à frente da respetiva junta até 2033, casos de Rui Amorim, em Jolda Madalena e Rio Cabrão; Paulo Lopes, em Eiras e Mei; Alexandre Gomes, em Soajo; Andreia Pinto, em Rio Frio; César Pinto, em Prozelo; Gabriel Silva, em Monte Redondo; André Barreiro, em Gondoriz; Américo do Pio, na Gavieira; Luís Manuel Esteves, no Couto; Filipe Silva, em Cendufe; e Andreia Fernandes, em Ázere. 

 

Arlindo Barbosa o “dinossauro” da política arcuense

A palavra “dinossauro”, usada nos meandros da política para designar os autarcas com mais longevidade no exercício de funções, aplica-se com toda a propriedade a Arlindo Barbosa, desde 1976 à frente da Junta de Portela que, fruto da reforma administrativa, “anexou” em 2013 a Junta do Extremo.

Arlindo Barbosa, de 83 anos, estreou-se na política há 48, nas listas do PPD-PSD, de onde nunca saiu. Ao longo desta trajetória, venceu com maiorias esmagadoras (acima dos 90%) os vários atos autárquicos.

Nestas quase cinco décadas que Arlindo Barbosa leva de vida autárquica, além de João Manuel Esteves, atual presidente da Câmara, também Cunha Cerqueira, Fernando Freitas, Américo Sequeira e Francisco Araújo se cruzaram com este veterano da política arcuense.

A.F.B.

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