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Olho de Lince 25 de Abril de 1974

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A 4 de fevereiro de 1961 inicia-se a primeira tentativa de libertação de Angola, que havia de se estender até 10 de outubro de 1974. Como vivemos nos Arcos, aproveito para lembrar que foi um pouco por influência do arcuense Filinto Araújo, cuja família explorava na nossa terra o ramo do comércio e de transações financeiras, que a revolução em Angola teve o seu início, num assalto a um quartel militar em Luanda. E ficou bem conhecida a reação do ditador Salazar, ordenando aos militares  continentais a sua imediata caminhada para Angola, “rápido e em força”. E assim aconteceu. Esta ordem levou à morte de milhares de jovens portugueses e angolanos, com a agravante de que Moçambique e Guiné seguiram o caminho dos revolucionários angolanos, e as lutas entre colonizadores e colonizados prolongaram-se até ao sempre glorioso 25 de Abril que nos ajudou a libertar do fascismo. 

Mas o Continente não vivia indiferente a esta luta e os militares milicianos, mais esclarecidos e responsáveis, começaram a ter em conta de que as guerras com as antigas colónias consumiam as nossas finanças e a vida de muitos jovens. Salazar e seus seguidores recusavam-se a estabelecer uma paz imposta pelas Nações Unidas, paz que os colonizados  aceitavam sem a imposição de privilégios, pois a sua luta não era contra Portugal, mas sim contra o fascismo que os explorava e perseguia os portugueses continentais. E foi por força da teimosia salazarista que os jovens milicianos, com o valente e heroico Salgueiro Maia, ocuparam Lisboa, depuseram o Governo de Marcelo Caetano e libertaram Portugal e as colónias, através de uma paz negociada e sem privilégios de parte a parte. 

Foi assim que o 25 de Abril de 1974, na sua época, foi pelo mundo considerado um exemplo a ser seguido, mesmo contrariado pelas guerras a que hoje assistimos, que, em pleno século XXI, são a vergonha da humanidade. 

É preciso que a juventude portuguesa nunca esqueça a história de Abril, pois só em Liberdade a humanidade pode ser feliz. Viva Portugal, viva o glorioso 25 de Abril!

 

O Bem e o Mal…

A justiça portuguesa atingiu um tal descrédito que o réu José Socrates, farto de solicitar aos tribunais o julgamento dos seus badalados crimes, em desespero, pede agora a impugnação dos tribunais. Isto faria o delírio anedótico de qualquer país sério, mas aqui em Portugal parece tudo natural. E, se de facto os crimes atribuídos ao antigo primeiro-ministro existem, qualquer dia vão prescrever. E o povo, o mais esclarecido, ficará ainda mais descrente da nossa justiça…

  1. Peixoto

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