Sei perfeitamente entender a vida de emigrante… Vivi-a durante 35 anos. É sempre muito difícil abandonar a terra e os amigos, os hábitos herdados de uma civilização nativa e que não encontra paralelo noutras vivências e paragens. Tudo é diferente. E não raras vezes a vida do emigrante não passa do trabalho e de precários regressos a casa. Não há tempo nem para gastar dinheiro, mas a vida e as carências a isso obrigam. Vejo agora aqui pelos Arcos, e até pelo país, a tentativa de tentar fixar os emigrantes espalhados pelo mundo nas suas terras de origem.
E a dificuldade principal é a diferença de salários, especialmente o mínimo. No entanto, é preciso levar em conta o custo de vida, especialmente na Europa, tão diferente que chega a ser um abismo. E a qualidade de vida e diversões não só são diferentes, como custam muito dinheiro. Um operário arcuense raras vezes deixa de frequentar um café durante os dias de semana. E o que aconteceria no estrangeiro se os trabalhadores fizessem o mesmo? Um café, em Portugal, custa menos do que 1 euro, mas com direito a ler jornais diários, e ainda a um copo de água da torneira como complemento. Sem qualquer custo.
E é este o Portugal que temos, simples e seguro, mas onde as pessoas pretendem sempre mais, porque exigir de quem governa melhores condições de vida é um direito de todos…
Rio Vez é limpo, apesar de alguns focos de poluição…
Cada dia mais lindo e apreciado por quem nos visita. Pena que manchas de resíduos provocados pela limpeza das margens lhe deem um aspeto imerecido, já que para quem o visita poucas vezes por ano pode deixar-lhes a ideia de natural poluição. Mas o Vez é limpo, e pena é que, por vezes, como aconteceu a 7 de julho, as suas águas deslizem envernizadas de óleo, que alguém criminosamente despejou no seu leito. Aqui pela margem da vila dos Arcos as lontras são constantes e o convívio com o ecossistema deveria ser equilibrado, como acontece em alguns países. Lontras e corvos-marinhos excedentes deveriam ser eliminados. Repovoar o rio de trutas, e até de outras espécies nativas, não chega.
Provenientes do rio Lima, as percas minúsculas, mas vorazes, são já uma praga considerável. Por este caminho, a fauna de um dos mais belos rios portugueses do Alto Minho corre sérios riscos de se extinguir… Mas os poetas arcuenses, com os inspiradores poemas expostos à sua margem, devem ser respeitados, porque são reais e merecem o nosso apreço.
Os golpes americanos…
Donald Trump apanhou um susto de um atirador e muitos outros episódios podiam ser lembrados, sobretudo aquele em que parte da família Kennedy foi dizimada por atentados. É caricato acreditar numa democracia que sempre se apresentou como um exemplo à escala mundial. O planeta precisa urgentemente do uso de outros métodos que se aproximem do nosso 25 de Abril, este, realmente, um exemplo histórico, para acabar com os crimes que os judeus estão a praticar na Palestina e para fazer cessar o negócio da venda de armas que está a alimentar o conflito em tantas latitudes do globo. São realidades diferentes e os americanos sob o comando de um velho cansado (Joe Biden) ou de um aventureiro (Donald Trump), que também não serve ao povo norte-americano e muito menos ao mundo.
- Peixoto