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Domingo, Outubro 6, 2024
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Apesar das queixas sobre os “cheiros nauseabundos” debitados pela ETAR de Paçô Empresa Águas do Norte garante “esquema de tratamento tecnologicamente avançado e com um elevado desempenho”

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Nos fóruns políticos municipais os partidos da oposição, nomeadamente o CDS, o PS e a CDU, têm sublinhado que “a Estação de Tratamento de Águas Residuais [ETAR] de Paçô debita, regularmente, cheiros nauseabundos por a mesma estar saturada”, ao mesmo tempo que é reclamada a “construção de uma nova ETAR, moderna e redimensionada às necessidades, a jusante da atual que sirva também o vizinho concelho de Ponte da Barca, para acabar com os odores cada vez mais frequentes e incomodativos para a vizinhança”.

Questionada pelo jornal Notícias dos Arcos sobre estas queixas, a empresa Águas do Norte, entidade concessionária da infraestrutura, garante que “a ETAR de Arcos de Valdevez e a ETAR que serve o Município de Ponte da Barca, localizada na freguesia de Oleiros, ambas integradas no sistema multimunicipal de abastecimento de água e saneamento do norte de Portugal, possuem um esquema de tratamento tecnologicamente avançado e com um elevado desempenho, que inclui um sistema de neutralização de odores, cumprindo integralmente e em permanência os respetivos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos, emitidos pela Agência Portuguesa do Ambiente”.

Sem cedências, o grupo municipal do CDS alerta que, “com as novas ligações a algumas freguesias que ainda não possuem saneamento básico, com o aparecimento de novas indústrias e com a chegada no verão de cerca de 40 mil emigrantes para férias, vai ser difícil evitar descargas diretas para o rio, com o alastramento de odores”, mas a empresa concessionária nega a degradação do serviço no estio. 

“Tendo as duas ETAR em causa sido dimensionadas para um caudal de ponta respeitante aos efluentes domésticos, urbanos e industriais correspondentes às respetivas populações residentes e unidades industriais nas áreas servidas por estas infraestruturas, assim como para as respetivas populações flutuantes, que normalmente se verificam nos meses de verão, não se prevê a ocorrência de problemas relacionados com uma eventual falta de capacidade de tratamento”, estima Francisco Tinoco, responsável pela Comunicação da empresa que detém a concessão relativa à exploração do equipamento em questão. 

A empresa Águas do Norte acrescenta que, na qualidade de entidade concessionária do referido sistema multimunicipal, “é obrigada a assegurar aos seus utilizadores, de forma regular, contínua e eficiente, a receção, o tratamento e a rejeição dos efluentes domésticos, urbanos e industriais que estes lhe entreguem, sendo responsável, caso exista essa necessidade, pela criação das condições necessárias para esse efeito”.

Apesar dos investimentos que a oposição reivindica em uníssono, a empresa Águas do Norte não equaciona, pelo menos por enquanto, a construção de uma nova ETAR para servir os concelhos de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca.

Episódio de derramamento de resíduos no rio Vez

A descarga de coloração esbranquiçada que inundou as águas do rio Vez, junto à ponte de Santar, e que sobressaltou a comunidade em finais de setembro de 2020, segundo as perícias realizadas, foi provocada por despejos industriais provenientes do parque empresarial de Paçô. 

Na circunstância, tratou-se de um “tipo de poluição industrial, não orgânico, com origem a montante da ETAR de Paçô”, concluindo a Divisão do Ambiente do Município e a empresa Águas do Norte que “o derrame não se devia a qualquer anomalia no referido equipamento”. 

Na altura, o PS saudou a prontidão das averiguações efetuadas, mas defendeu um “reforço do trabalho de prevenção para eliminar, de vez, os focos poluentes com origem humana”, levando às empresas a “informação de que a poluição é um crime consignado na lei” e que dele advêm “consequências pesadas, com coimas que podem ir até aos 250 mil euros e, eventualmente, pena de prisão”. 

 

Colheitas de água em cinco pontos “críticos”

Para certificar o nível de qualidade da água, o Município procede a cinco colheitas mensais, obtidas em cinco pontos do rio Vez por laboratório certificado.

Por serem considerados locais “críticos”, são efetuados, de mês a mês, testes à qualidade da água para perceber o efeito das infraestruturas existentes nos seguintes sítios: antes da praia da Valeta, praia da Valeta, depois da descarga de emergência da ETAR (nas imediações do edifício Sol do Vale), antes da ETAR de Paçô e depois da ETAR de Paçô.

A.F.B.

 

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