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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
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Inaugurada obra de ampliação do Heliporto de Arcos de Valdevez “É possível fazer descolar três helicópteros ao mesmo tempo”

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No passado dia 11 de julho, foi inaugurada a obra de ampliação do Heliporto/Centro de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdevez (sediado em Chedas, Tabaçô), numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro. O investimento, de 200 mil euros, reforça a capacitação do heliporto em termos de proteção e combate a incêndios, satisfazendo ainda um requisito para certificar o equipamento em matéria de emergência médica e de voos de aviação civil. O heliporto está praticamente todo infraestruturado (iluminação noturna incluída) permitindo o funcionamento das placas de forma independente – “é possível fazer descolar três helicópteros ao mesmo tempo, reforçando o raio de ação da Proteção Civil, para proteger melhor as pessoas e os bens do território”. 

Depois de inaugurado em 2023 o hangar (investimento de quase 1 milhão de euros) com capacidade para albergar pelo menos dois helicópteros, desta feita procedeu-se à inauguração da obra de expansão do CMA com novas pistas de aterragem e estacionamento, aumentando, deste modo, a operacionalidade do heliporto e criando condições para operar três aeronaves ligeiras ou pesadas (incluindo os Kamov e os Black Hawk) em qualquer altura do ano. Este CMA também está “apto para apoiar a emergência médica” e poderá servir no futuro como “base de uma unidade de aeronaves para resgate em montanha”, ou ainda como “base de uma unidade de drones da Força Aérea Portuguesa (FAP)”. 

Segundo Paulo Simões Ribeiro, “o investimento efetuado no CMA dos Arcos estará ao serviço do concelho, da região, de Portugal e da Galiza. Com esta nova pista de aterragem e com os três pontos de estacionamento para os helicópteros, estamos não só a ampliar a capacidade deste heliporto, abrindo possibilidades para o futuro, mas igualmente a dar condições para que possa receber os meios aéreos da Proteção Civil, no âmbito do combate aos incêndios rurais, bem como no domínio da emergência médica”, sustentou o secretário de Estado da Proteção Civil, na presença de inúmeras individualidades políticas, militares e civis. 

O CMA de Arcos de Valdevez está localizado praticamente no coração do centro geográfico do Alto Minho e os meios que nele operam abrangem quatro sub-regiões do Norte (Alto Minho, Cávado, Ave e Alto Tâmega e Sousa, num total de 22 municípios), cerca de 90% do Parque Nacional e a integralidade do espaço de Proteção Total das matas do Ramiscal, Cabril e Albergaria.

 

Solicitações ao Governo

O presidente da Câmara Municipal salientou que “a construção do hangar e o alargamento das zonas de estacionamento e aterragem introduzem uma melhoria substancial no CMA (a funcionar desde 1996), aumentando, em muito, a sua operacionalidade”.

“Com estas novas instalações, também melhoram as condições de trabalho das equipas dos bombeiros, das brigadas da UEPS [Unidade de Emergência de Proteção e Socorro] e das equipas de pilotos e manutenção dos helicópteros. Além disso, a operação é alargada, a outros âmbitos”, acrescentou o edil arcuense, considerando o CMA de Arcos de Valdevez “um pilar estrutural na prevenção e combate a incêndios rurais”. 

Na presença do secretário de Estado da Proteção Civil, João Manuel Esteves instou a tutela a: “dotar o concelho de mais duas equipas de sapadores florestais, algo que uma questão técnica ou burocrática tem vindo a impedir”; “reforçar o apoio financeiro para melhorar os equipamentos e as viaturas da Associação Humanitária de Arcos de Valdevez”; “contribuir para o crescimento deste CMA, talvez como base de aeronaves pesadas, instalação de uma base de drones ou, quem sabe, uma unidade de resgate da Esquadra 552 [FAP]”; e “reforçar o efetivo de guardas para o posto da GNR de Arcos de Valdevez”.

Em resposta, Paulo Simões Ribeiro comprometeu-se a “levar as reivindicações à ministra, Margarida Blasco”, embora fazendo notar que “os recursos são escassos e não esticam”. Quanto ao reforço dos meios humanos da GNR, o secretário de Estado “admitiu a muita vontade de melhorar o dispositivo a nível nacional, com reflexos em cada um dos concelhos do país”, observou Paulo Simões Ribeiro. 

Por fim, tanto o governante como o presidente da Câmara apelaram à adoção de “comportamentos responsáveis” por parte dos cidadãos a fim de evitar a deflagração de incêndios.

 

Entrega aos Bombeiros de um veículo florestal de combate a incêndios

Esta cerimónia ficou assinalada pela entrega formal à Associação Humanitária arcuense de um veículo florestal de combate a incêndios, no valor de 220 mil euros. 

“Este veículo que passa a fazer parte da frota da vossa Associação, é um dos 81 que, no âmbito do PRR, vão apetrechar 81 corpos de bombeiros de Portugal”, congratulou-se o secretário de Estado da Proteção Civil. 

Mas, segundo o governante, ajudar os bombeiros não pode ficar cingido ao aumento da frota, “é imprescindível garantir que os instrumentos de trabalho são em número suficiente e com capacidade operacional para socorrer qualquer um de nós”, salvaguardou Paulo Simões Ribeiro. 

A.F.B. 

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