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“Quinta Porta do Covelo produz queijo de cabra de fabrico artesanal e hortofrutícolas em modo biológico e sustentável”

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A Quinta Porta do Covelo-Produção Agrícola é um agronegócio criado por dois jovens agricultores em Gondoriz e tem como principais atividades a criação de animais e de produtos derivados da produção animal, além de vários tipos de fruta. O lema é gerar “produtos de qualidade” sem uso de produtos químicos e “cuidar da natureza valorizando o mundo rural”.

Os produtos-âncora da quinta – com uma área de produção de 1000m2 em estufa e 1 hectare de hortícolas ao ar livre – são o queijo de cabra (de fabrico artesanal) e o morango, mas o cabaz é bastante maior, e inclui produção de leite de cabra e hortícolas, bem como cabritos, galinhas, patos, perus, coelhos e fruta da época, nomeadamente ameixa, pêssego, figo, morango, cereja (estes frutos, e outros, na primavera e verão), maçã, pera, laranja, castanha, noz e avelã (no outono e inverno). 

Além do mercado de proximidade (Arcos de Valdevez), a produção é escoada para “diversas localidades de Portugal, designadamente Braga, Porto e Lisboa. O feedback é muito positivo, daí que consigamos fidelizar os clientes. Os produtos mais vendidos são o queijo de cabra, o morango e a maçã”, diz Esmeralda Vieira, que garante produtos 100% naturais, segundo métodos certificados.

“O queijo é produzido de forma artesanal em queijaria licenciada para o efeito. As hortofrutícolas são produzidas em modo de produção biológico. Ou seja, desta quinta saem produtos sazonais de alta qualidade (produtos com sabor); de grande valor em matéria de sustentabilidade ambiental (pegada zero); e de enorme relevância em termos de sustentabilidade do mundo rural, no caso com a fixação de dois jovens à terra”, reforça a produtora.

 

“Há falta de mão-de-obra especializada no setor primário”

Desde que abriu atividade Esmeralda tem-se confrontado com algumas dificuldades em recrutar recursos humanos. “Há falta de mão-de-obra neste setor. Nos períodos em que há mais densidade de trabalho, tenho sempre necessidade de contratar gente. Mas as pessoas não querem trabalhar na agricultura por ser um trabalho ‘duro’, sujeito a condições climatéricas adversas. Além de não haver mão-de-obra especializada, noto que as pessoas não têm vontade de aprender”, lamenta Esmeralda Vieira, que teve de enfrentar no arranque da iniciativa “algum desconhecimento na área de marketing”.

Apesar das adversidades, os promotores estão 100% dedicados ao agronegócio. A área de produção é considerável e as tarefas parecem infindáveis: cultivam e plantam; alimentam e cuidam; ordenham e conservam o leite; produzem e vendem queijo de cabra; colhem hortofrutícolas e embalam os produtos para distribuição… Enfim, já percorreram um longo caminho e, ao contrário do que sucedia há uma década, há nos tempos atuais um público cada vez mais numeroso que procura produtos BIO por serem de maior qualidade, uma vez que não contêm organismos geneticamente modificados, nem contaminantes, pesticidas ou adubos químicos.

A Quinta Porta do Covelo foi uma das empresas apoiadas pelo projeto EMERN-Q Baixa Densidade, através do qual os empreendedores obtiveram qualificação especializada, aconselhamento para melhoria de produtos e adoção da melhor estratégia empresarial para o sucesso deste agronegócio.

A.F.B.

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