Arcuense António Cruz alerta que “é imprescindível dotar os Bombeiros dos Arcos de um moderno Veículo Urbano de Combate a Incêndios”
Com raízes familiares em Guilhadeses por via materna, António Cruz é o atual comandante dos Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo e também secretário da Mesa dos Congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que tem o carismático António Nunes como líder da Direção.
Presente na cerimónia em que a Associação Amigos do Vale procedeu à entrega de uma ambulância de socorro à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez (AHBVAV) no passado dia 3 de agosto, António Cruz referiu, na qualidade de representante da LBP, que “a doação da coletividade radicada nos Estados Unidos simboliza, para os bombeiros portugueses, as ramificações que os ‘soldados da paz’ têm na sociedade portuguesa e na diáspora”.
“Somos cerca de 460 corpos de bombeiros a nível nacional e as suas ramificações são tão grandes que não há 1 metro quadrado neste país que não tenha bombeiros. E as pessoas sabem disso, a começar pelos emigrantes”, reforçou António Cruz.
O representante da LBP “elogiou o sentimento de partilha que os emigrantes arcuenses demonstram, no fundo, os Arcos são a terra deles, mesmo que não estejam sempre cá”, acrescentou o responsável.
“É preciso acompanhar a evolução tecnológica e a existência de unidades industriais nos parques empresariais”
Sem rodeios, António Cruz notou o paradoxo de o “dinamismo municipal” não estar repercutido no apetrechamento da AHBVAV. “Toda a gente no distrito de Viana percebe a dinâmica que o concelho de Arcos de Valdevez tem na área industrial, mas as indústrias, pelas suas características, são muito especiais e requerem atenções muito específicas. Sempre me fez alguma confusão o Município de Arcos de Valdevez não ter um moderno Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI), que é imprescindível, tendo em conta a evolução da tecnologia e a instalação de novas unidades industriais no concelho dos Arcos – possuir um VUCI faz parte da dotação mínima legalmente exigível a um corpo de bombeiros”, alertou o comandante.
A AHBVAV tem um VUCI que “remonta a 1992”, oferecido à época por uma comunidade emigrante residente em França, “um camião com muita idade e desatualizado”, ressalvou na mesma sessão o comandante da AHBVAV, Filipe Guimarães, que, na circunstância, até já tinha reivindicado em alocução anterior “um VUCI, um desejo antigo”, para acompanhar a evolução tecnológica e a existência de unidades industriais nos parques empresariais de Arcos de Valdevez, “até porque já houve situações em que ficou provado que não estamos minimamente preparados” para este tipo de sinistros.
A.F.B.