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De 1 de janeiro a 31 de julho de 2024 Arcos de Valdevez concelho com maior número de incêndios rurais e quarto em área ardida

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O concelho de Arcos de Valdevez, com 96 incêndios, foi o município português com o maior número de deflagrações entre 1 de janeiro e 31 de julho de 2024, segundo o 3.º Relatório Provisório de Incêndios Rurais, elaborado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Da lista dos vinte concelhos com número mais elevado de ignições fazem parte outros três municípios do Alto Minho: Viana do Castelo (12.º, com 30 incêndios), Ponte de Lima (15.º, com 27) e Valença (17.º com 26 deflagrações). 

Por outro lado, o concelho de Arcos de Valdevez é o quarto nacional (depois de Elvas, Reguengos de Monsaraz e Montalegre) com maior área ardida naquele período de referência, de acordo com a mesma fonte. As 96 ocorrências verificadas no concelho arcuense consumiram 190 hectares (ha), o equivalente a igual número de campos de futebol, entre matos (115 ha) e povoamentos florestais (75 ha).

Na categoria dos “vinte maiores incêndios rurais” nos primeiros oito meses do ano corrente, não foi apurada nenhuma ocorrência no concelho arcuense com essa magnitude, mas cinco lavraram no Alto Minho, nomeadamente em Montaria/Viana do Castelo (78 ha queimados), Cousso/Melgaço (50 ha), Gondomil/Valença (50 ha), Gandra/Valença (47 ha) e Parada do Monte/Melgaço (47 ha), três dos quais registados entre janeiro e fevereiro.  

Estes indicadores revelam que o paradigma está a mudar. “Os incêndios florestais na nossa região, infelizmente, não têm época, a sua sazonalidade é quase diária em todas as estações do ano”, tem reafirmado o comandante dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães.

O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil partilha desta visão. “Os incêndios não têm estação, acontecem todo o ano e cada vez mais no inverno. Os números é que o dizem e, por isso, temos de agir de acordo com essa realidade”, alerta Marco Domingues. 

“Incêndios de serra nos Arcos arrancam com muita velocidade”

No mapa regional o concelho arcuense tem “muitas particularidades”, lembra o comandante sub-regional. “Arcos de Valdevez é, simplesmente, o território do distrito de Viana de Castelo mais achatado no que diz respeito ao número de incêndios rurais, justamente aqueles que são mais visíveis e que criam mais impacto, colocando, em primeira instância, as comunidades em maior risco. São incêndios de serra que arrancam com muita velocidade, […] daí a importância de o ataque inicial ser feito prontamente por meios aéreos, atendendo ao tempo que os meios terrestres demoram a chegar às ocorrências devido à orografia acidentada e à distância que é necessário percorrer”, explica Marco Domingues. 

Segundo a análise das causas que a GNR leva a efeito, a “renovação de pastagens” e as “queimas de sobrantes” são os comportamentos que, por regra, têm maior impacto na origem de incêndios rurais no Alto Minho.

 

Origem dos incêndios em Portugal

Do total de 2820 incêndios rurais verificados a nível nacional no período de referência, “1975 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (70% do número total de incêndios – responsáveis por 82% da área total ardida)”, lê-se no Relatório preliminar. Destes, a investigação “permitiu a atribuição de uma causa para 1464 incêndios (74% dos fogos investigados – responsáveis por 68% da área total ardida)”. 

Do universo de incêndios investigados para os quais foi possível atribuir uma origem, as causas mais frequentes em 2024 são o “incendiarismo (imputáveis), com 24%, e as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas, com 16%. Conjuntamente, as várias tipologias de queimas e queimadas representam 42% do total das causas investigadas. Os reacendimentos representam 3% do total das causas apuradas, um valor inferior face à média dos dez anos anteriores (9%)”, conclui o Relatório do ICNF.

A.F.B.

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