“Apaixonado” pelo lugar (Barreiro) e pela freguesia (S. Jorge) onde nasceu e cresceu, António Neiva, antigo emigrante em França (durante 41 anos), fala entusiasticamente do berço. O sentimento de pertença é tão grande que até já deu outra “cara” a um fontanário cheio de significado para os locais.
“Lavei a fonte que agora tem um aspeto bonito. Se todos os residentes contribuírem com a sua parte, podemos ajudar a ter uma freguesia mais agradável e asseada. O que eu fiz é um exemplo singelo”, diz António Neiva, de 65 anos.
No caso, trata-se de um fontanário no lugar do Barreiro, datado de 1974, que carecia de uma limpeza. “Gosto de ver o património bem cuidado. Espero que mais pessoas se juntem para trabalharmos em prol da nossa Terra”, exorta Neiva, antigo transportador e operador de máquinas (construção civil) na região de Paris.
A limpeza da fonte do Barreiro não esgota, longe disso, as intervenções que são necessárias operar no património histórico da freguesia. Por S. Jorge, sobram fontes e outras construções (lavadouros, tanques…) que, apesar de algumas intervenções da Junta de Freguesia, ainda precisam de arranjos para que os vindouros possam usufruir deste rico legado, espécie de matriz cultural da Terra.