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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
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Plataforma Criativa de Arcos de Valdevez Antiga biblioteca vai ser convertida em “incubadora artística”

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O Município de Arcos de Valdevez autorizou a aquisição de serviços para a elaboração de um projeto de reabilitação da antiga escola primária (e em tempos também biblioteca) na Rua Padre Manuel Himalaya para lá instalar a Plataforma Criativa de Arcos de Valdevez – PLACA, com vista à promoção e diversificação das artes no domínio da música, do teatro e dos conteúdos multimédia. Além de funcionar como “incubadora artística”, a PLACA vai “receber artistas e iniciativas locais no formato de residência artística”. 

A Plataforma Criativa prevê a disponibilização de equipamentos e meios, não estando vocacionada para a sediação de associações. “O plano prevê uma intervenção nos 320 metros quadrados do imóvel (piso inferior), em respeito pela estrutura original, assim com o arranjo dos 750 metros quadrados que estão na área envolvente para residências artísticas e performances”, começou por dizer o chefe da Divisão de Desenvolvimento Sociocultural na reunião de Câmara de 29 de agosto.

Para o responsável, “o objetivo do projeto advém de uma necessidade que temos percecionado pelo contacto com as forças vivas, felizmente, são cada vez mais os profissionais que estão ligados ao teatro, à música ou à produção que escolhem o concelho de Arcos de Valdevez para viver, com criação de dinâmicas (oficinas de canto, rock…), veja-se o caso do Absurda Art Fest, contribuindo, assim, para o pulsar da comunidade”. 

Um pouco inspirado no espaço ‘The Village’ (em Vila Nova de Famalicão), este projeto a implementar nos Arcos será “uma estrutura informal para usar o ano todo a partir da sua polivalência e do investimento que for feito em conteúdos e equipamentos para programas diversificados, numa lógica de inovação e criatividade, de modo a fomentar os talentos locais e a capacitar os agentes culturais da região”, em áreas como a fotografia e a produção de vídeo para artistas, incluindo a criação de videoclipes para catapultar músicos. O espaço, que terá no seu programa residências artísticas, “também poderá ser fruído por nomes emergentes e consagrados da área do cinema”, acrescenta Nuno Soares. 

O projeto vai englobar, no primeiro andar, um espaço multiperformativo para gravar e trabalhar pequenas apresentações (musicais, teatrais…), um estúdio de gravação, uma sala de apresentações, uma régie para captação de som, um espaço de residência artística, um gabinete audiovisual, uma oficina de criação, uma sala pedagógica adicional e uma sala de expressão corporal. “A título de exemplo, os ranchos folclóricos de Arcos de Valdevez que pretendem gravar poderão utilizar o espaço para este fim, porque têm todo o apoio técnico necessário. E as novas bandas terão aí um espaço para gravar, misturar e masterizar os seus temas para depois atuarem em salas no exterior”. 

O projeto de arquitetura e de especialidades contratado pelo Município arcuense é um requisito legal para uma possível candidatura a fundos, nomeadamente ao Programa Regional Norte 2030 (Cultura).

De referir que a Associação Florestal Atlântica, sediada atualmente na antiga escola primária, “já foi informada do projeto PLACA e será transferida para outro local em tempo oportuno”, comunicou o edil João Manuel Esteves à vereação. 

A.F.B.

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