16.7 C
Arcos de Valdevez Municipality
Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
InícioOpinãoOlho de Lince Morreu um vulto dos Arcos…

Olho de Lince Morreu um vulto dos Arcos…

Date:

Relacionadas

Olho de Lince Mário Soares – 100 anos!

Conheci Mário Soares no Brasil, onde, nas suas idas...
spot_imgspot_img

No passado dia 27 de outubro, um grande número de arcuenses homenageou na igreja Matriz António Cacho, o advogado, o professor e o poeta. Decidiu despedir-se da vida aos 97 anos. Ao seu lado gente de diversas ideias e quadrantes a dizer-nos que a política também tem os seus encantos. No decorrer das cerimónias usaram da palavra familiares e Francisco Araújo, ex-presidente da Câmara, que dedicou a António Cacho fortes elogios pela sua conduta de democrata. Fez-nos pensar que, quando as ideias primam pelos bons princípios, e não pela intolerância, a vida na nossa Terra e no Mundo poderia ser mais cordata com a espécie humana. 

De António Cacho recordo o seu caráter e a sua ética no trabalho, quando aos domingos, dos nossos 18 anos, Carlos Cunha, Alcides Cunha, Orlando Gomes, o Costinha e um “esquerdinha” dos Mendonças o convidávamos para uma “peladinha” com bola de trapos, mas ele, do alto da sua janela no Ribeirinho, pedia-nos para esperarmos uns 20 minutos, tempo que lhe faltava para dar conta das tarefas académicas que a Universidade de Coimbra exigia. Era assim o estudante de direito António Cacho. 

Deveria ser um exemplo para a juventude estudantil, utilizando o saber dos seus professores e não adotando como forma de vida o telemóvel e o desrespeito pelos seus mestres, pois podem até conseguir o “canudo”, mas o saber passar-lhes-á sempre ao lado… 

Enfim, nunca nos faltará a vontade de enaltecer o saber de António Cacho. E até sempre, grande amigo e saudoso António Cacho, advogado e poeta arcuense de eleição. 

 

Paço enfeitiçado…

O “dia das bruxas” animou os arcuenses e os “feitiços” tinham os seus encantos. Os “micro” autocarros partiam e chegavam ao aparcamento frente ao DNA em curtos intervalos. A animação oferecida pelas bruxas, algumas bem desnudadas, em vez de medo ofereciam desejos. Tudo bem orquestrado. Recordo uma época em que no Rio de Janeiro, em tempos já remotos, meninos americanos, vestidos de fatos pretos e gravatas azuladas, invadiam os locais mais bem frequentados da cidade, ocupavam espaços nos transportes públicos e entregavam de mão em mão folhetos de seitas religiosas americanas, mas em troca de dinheiro. E a partir daí começou uma guerra em que a religião católica foi a principal vítima. E milhões de brasileiros trocaram o catolicismo pelos “meninos de Deus”, hoje enraizado financeiramente no Brasil onde elegem deputados e até os presidentes da República, da estirpe de Bolsonaro. Eu não tenho medo de bruxas, mas que as há, há… E aqui para nós, algumas são mais vistosas do que as trutas do rio Vez…

 

A mãe-natureza…

As grandes potências promovem guerras, a humanidade destrói a natureza. Mas a resposta a tamanha irresponsabilidade começa a sentir-se. A nossa vizinha Espanha é a última a sofrer as consequências das mudanças climáticas, muito embora não seja a maior culpada. Enquanto isso, os “genocidas” sionistas destroem a Palestina e as suas terras santas. Entretanto, o mundo finge que nada acontece, embora muitas das grandes potências tenham de imediato socorrido a Ucrânia com armas modernas e “rios” de dinheiro. O Mundo caminha em direção à terceira guerra mundial. Mas a humanidade, embriagada por uma propaganda de falsas informações, continua a acreditar numa vida melhor, melhor para alguns, mas trágica e desumana para a maioria. Esperemos que as eleições nos Estados Unidos nos tragam um milagre e o americanismo deixe de continuar a ser um mal de todos os males…

  • Peixoto

 

Subscreva

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Recentes