O presidente da Junta de Freguesia de Eiras e Mei proferiu declarações a este jornal, na sua edição de 9 de janeiro, que não correspondem inteiramente à verdade e que merecem ser rebatidas para um cabal esclarecimento dos leitores.
Alega o senhor Paulo Lopes que a anterior Junta presidida por mim “pouco ou nada fez” nas freguesias de Eiras e Mei, chegando mesmo a afirmar que foi “a Câmara Municipal a fazer o caminho do Meijoeiro a 100%” e que o “mesmo nem assim foi acabado”. É verdade que foi a Câmara que custeou a obra que serviu várias casas, mas faltou dizer que o acesso só não avançou mais porque havia lá um sinal vermelho que foi respeitado. De resto, a Câmara tem procedido de igual modo em várias empreitadas, além de contribuir com os protocolos, que permitiram a aquisição do Campo da Igreja em Eiras, e a Junta, sob minha gestão, comparticipou nessa compra, coma qual a agregação de freguesias ficou a ganhar.
Depois, o atual presidente da Junta afirma ter feito pavimentações do caminho das Cortinhas em Mei, do caminho da Escola em Eiras e do caminho do Trabalhado em Eiras, esquecendo-se, no entanto, de dizer que quem negociou com os proprietários para a cedência dos terrenos, com vista ao seu alargamento e à construção de muros de suporte, foi a anterior Junta, ou seja, foi sob nossa gestão que foi paga a fatia de leão, a atual Junta apenas passou lá a vassoura.
Sobre as restantes obras que o senhor Paulo Lopes diz ter executado no mandato em curso, não posso comentar aquilo que não conheço, talvez as mesmas estejam escondidas; acerca do convívio que juntou 150 pessoas e da visita que o Pai Natal fez às freguesias de Eiras e Mei nada me apraz dizer.
Sublinho a medida de apoio à natalidade [cheque-bebé no valor de mil euros por cada nascimento], o incentivo mais avultado em vigor no concelho, neste aspeto é a Junta mais empenhada em responder ao problema do despovoamento, recordo que só em Eiras, nestes quase três anos e meio, foram desembolsados 3 mil euros, dinheiro bem aplicado, só é pena não existirem mais nascimentos.
Não me cabe condenar o trabalho de quem me sucedeu, mas, sem falsas modéstias, quem está por dentro destas matérias sabe que fizemos muita obra, em parceria com os vários executivos da Câmara. Dei sempre o melhor de mim entre 1974 e 2021.
António de Brito