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Arcos de Valdevez com a segunda menor taxa bruta de natalidade do Alto Minho

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Em 2023, nasceram 116 bebés (54 rapazes e 62 raparigas) no concelho de Arcos de Valdevez, mais três do que em 2022. A taxa bruta de natalidade manteve-se praticamente inalterada, 5,6 bebés por cada mil habitantes, a segunda mais baixa do Alto Minho, a par da de Ponte da Barca, como se verá a seguir. 

Apesar da recuperação encetada em 2021, após a quebra de 2020, os 116 nados-vivos ficam ainda aquém dos registos de 2016 (122 bebés), sendo, porém, superiores aos números de 2017 a 2022. De referir, por curiosidade, que o melhor registo da última década e meia remonta a 2010, ano em que nasceram 143 bebés neste concelho, isto é, mais 27 do que em 2023. Em termos absolutos, pode não parecer muito, mas, tendo em consideração o contexto de regressão populacional, este é um dado – de especial relevo – que não ajuda à substituição natural demográfica.

No que ao número de óbitos diz respeito, em 2023, apuraram-se, neste concelho, 373 falecimentos (mais 11 do que em 2022), existindo, portanto, no ano em referência (2023), um saldo natural negativo de 257 indivíduos (indicador que resulta da diferença entre o número de nados-vivos, 116, e o de óbitos, 373).

Esta disparidade – para a qual concorreram, conjuntamente, a baixa taxa de natalidade, o envelhecimento demográfico e a imigração reduzida – impossibilita a reposição de gerações e ameaça muito seriamente a sustentabilidade económica. Consequência disso, a população arcuense em idade ativa (dos 15 aos 64 anos) tem vindo a regredir de modo acentuado, tendo este índice passado de 60,2% em 2001 para 54,7% em 2021.

Com base nos dados fornecidos pela plataforma Pordata/INE, Arcos de Valdevez tinha em 2022 um total de 20 693 residentes, menos 61 indivíduos do que em 2021 (21 754 moradores) e menos 1952 do que em 2011, altura em que estavam domiciliadas 22 645 pessoas neste concelho. 

Um outro dado de vincada importância é que, desses 20 693 residentes, apenas 1911 (o equivalente a 9,24%) tinham idades até 14 anos, enquanto a população sénior (65 e mais anos) abrangia 7511 indivíduos (o que corresponde a 36,3% da população total) – ou seja, no concelho arcuense, há 391,6 idosos por cada cem jovens com menos de 15 anos.

 

Só em Melgaço nascem menos bebés do que nos Arcos 

As estatísticas gerais evidenciam que Arcos de Valdevez (e Ponte da Barca), com 5,6 bebés por cada mil habitantes, é o segundo concelho do Alto Minho com a menor taxa bruta de natalidade, apenas superado negativamente por Melgaço (4,1).

Viana do Castelo (7,2 bebés por mil habitantes) tem a maior taxa bruta de natalidade, seguindo-se Ponte de Lima (7,1 por mil habitantes), Valença (7 por mil habitantes), Vila Nova de Cerveira (6,6 por mil habitantes), Monção (5,8 por mil habitantes), Paredes de Coura (5,8 por mil habitantes) e Caminha (5,7 por mil habitantes). 

A.F.B.

Breves

 

Fluxo migratório explica viragem no número de habitantes

Os dados mais recentes em termos de população residente apontam para 20 859 indivíduos em 2023 no concelho de Arcos de Valdevez, mais 166 habitantes face a 2022 (20 693 moradores), apesar do saldo natural negativo, facto que se explica pelo fluxo migratório. 

 

Crescimento natural negativo

Entre 2016 e 2023, o número de nascimentos no concelho arcuense flutuou entre 98 bebés em 2017 e 122 em 2016. Nestes oito anos de referência, segundo uma tendência anterior, a taxa de crescimento natural – diferença entre nascimentos e mortes – foi sempre negativa. 

Os demógrafos defendem que “só poderemos ultrapassar este problema da natalidade, que é muito grave, se formos capazes de adotar políticas viradas para as famílias”. 

 

Realidades incontornáveis

O concelho de Arcos de Valdevez caracteriza-se por três realidades incontornáveis: saldo natural negativo, despovoamento e envelhecimento demográfico. Para contrariar o “inverno demográfico”, seria preciso recuperar o boom do início dos anos oitenta do século passado, repetindo, num cenário ideal, os 430 bebés nascidos em 1981…

 

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