Olho de Lince… O mundo está entregue

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O mundo está  entregue  a aventureiros como Donald Trump nos Estados Unidos, a um pusilânime Montenegro em Portugal, a um criminoso judeu que comete as maiores atrocidades da História da humanidade no mundo árabe e assim por diante… As guerras começam sem que se possa adivinhar quando e como acabarão. É certo que, para ludibriar os mais distraídos, se festejam tréguas ou trocam reféns judeus, mas, no dia seguinte, as bombas e os bombardeamentos aéreos continuam a ceifar a vida de mulheres e crianças que nada têm que ver com tudo isto.

E a farsa política espelha-se na crise cardíaca do atual primeiro-ministro, Montenegro, que, no dia em que nomeia o seu candidato à Câmara do Porto, reúne no Bolhão o Conselho de Ministros, assegurando que não foi um ato de propaganda. O pior é que o povo despolitizado, mas com fortes interesses, é facilmente manipulado. Há quem chame a estes disparates “descentralização”. Enquanto isso, resta-nos aguardar pelo voto popular, já que, apesar de tudo, ainda é o povo que mais ordena…

 

Direito dos leitores

Todos temos conhecimento da dificuldade da imprensa local. Da sua manutenção, de certas imposições dos poderes locais, sobretudo dos que fazem dos direitos alheios propriedade sua.  Mas a imprensa local conta hoje com informações que ultrapassam o seu espaço. Uma espécie de descentralização, que sendo um direito do leitor e das populações locais, também serve, e como, a nossa população emigrante. E como os jornais provincianos não são propriedade de venda ou de empenho de interesses escusos, políticos e até económicos, continua a sobreviver do esforço e do bairrismo de seus proprietários. Dirão alguns que tem sido sempre assim, mas, nos tempos atuais e onde o poder económico se baralha todos os dias, também é preciso abrir as asas para melhor atender o direito dos seus leitores. 

 

Os desfiles

No passado dia 6 de abril, os bois da Páscoa desfilaram submissos pela avenida principal da  vila arcuense, ante o olhar indiferente das pessoas que, de certeza, esperavam coisa melhor. Antigamente só desfilavam de chifres oleados e o corpo lavado, e de seguida eram abatidos para os talhos locais, que antecipadamente já tinham os clientes apalavrados para o seu consumo. Na época o povo dificilmente consumia carne de bovino, já que as pessoas não suportavam o custo elevado dos bifes, tanto nos restaurantes como nos lares. Felizmente que os tempos mudaram e todos hoje têm acesso ao manjar não só na Páscoa como nos outros dias… E ainda bem.  As ruas é que com a passagem dos bois deram muito trabalho aos funcionários da limpeza arcuense que, louvadamente, se esforçaram para que, no dia seguinte, tudo estivesse normal. E aqui é caso para se dizer que os trabalhadores nunca faltam, e se Portugal e o mundo não estão bem, tal se deve aos capitalistas nos Estados Unidos, de Trump, e aos oligarcas na Rússia, de Putin. A coisa é igual, os nomes é que diferem… E também nos Arcos politicamente as coisas mudaram. Como este jornal já deu notícia, João Manuel Esteves suspendeu o mandato para concorrer pelo círculo de Viana do Castelo à Assembleia da República, assumindo Olegário Gonçalves temporariamente o cargo de presidente da Câmara.  

  1. Peixoto