O grupo espanhol ALSA (Nex Continental Holdings), sediado nas Astúrias (Espanha), venceu o concurso internacional e, se este procedimento não for objeto de impugnação, vai operar a futura rede de transportes públicos de passageiros no Alto Minho.
Os dez municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho aprovaram a proposta vencedora do concurso internacional lançado em novembro do ano findo, indo agora dar seguimento aos procedimentos requeridos para ultimar o contrato no valor global 21 661 226,66 euros (mais o IVA), para um período de três anos de atividade, com possibilidade de mais um, segundo comunicação divulgada pela CIM Alto Minho na fase do lançamento do concurso.
Na ótica do presidente da Câmara Municipal de Viana, o grupo ALSA “é um operador credível pela experiência e pela amplitude que tem a nível regional, nacional e internacional, estando perfeitamente capacitado para prestar este serviço”, reconhece Luís Nobre.
O passo seguinte está nas mãos dos dez municípios da região, que têm de assegurar o suporte financeiro, sendo expectável que os municípios alto-minhotos cumpram os procedimentos necessários, a fim de submeter ao Tribunal de Contas a proposta de adjudicação, para a respetiva ratificação.
Entretanto, o Município de Arcos de Valdevez, reunido no passado dia 14 de março, aprovou a proposta de adjudicação das linhas de carreiras que integram o procedimento no que ao concelho arcuense diz respeito, estimando-se um valor máximo de 1 841 400,20 euros (mais o IVA).
“No momento presente, o contrato intermunicipal não permite perceber, com rigor, qual o valor da poupança efetiva, sendo certo que estamos a tentar uma redução da despesa nesta matéria, embora futuramente seja expectável um aumento de encargos”, diz o edil João Manuel Esteves.
Para o conjunto dos dez municípios do Alto Minho, o caderno de encargos estipula uma “oferta ao nível da rede com uma produção quilométrica anual de 2 641 614 km, para um contrato inicial de três anos (que pode ser alargado a quatro, como se disse acima)”.
Recorde-se que a rede de transportes intermunicipal do Alto Minho foi objeto de um primeiro procedimento, denunciado pelo grupo AVIC, que alegou a existência de “irregularidades”.