O presidente da Junta de Freguesia de Sistelo foi eleito por seus pares para integrar o Conselho Cinegético Municipal, cujo sufrágio decorreu no decurso da Assembleia Municipal de 28 de fevereiro. A lista do PSD encabeçada por Sérgio Rodrigues, tendo Horácio Cerqueira (São Jorge e Ermelo) como suplente, arrecadou 25 votos, enquanto a candidatura socialista liderada por Andreia Pinto (presidente da Junta de Rio Frio), com Pedro Alves (Jolda São Paio) no lugar de suplente, averbou dois votos. Foram ainda escrutinados três votos brancos.
O autarca Sérgio Rodrigues, que, como se disse acima, preside à Junta de Sistelo, “a única freguesia do concelho que gere uma Zona de Caça Municipal”, lembrou a importância da atividade cinegética. “Além de regular os ecossistemas, esta atividade promove a biodiversidade e tem um elevado peso socioeconómico não só no concelho de Arcos de Valdevez como em todos os territórios de baixa densidade populacional”,
Contra o estigma da caça que ainda vigora em muitas franjas da sociedade, Sérgio Rodrigues está empenhado em “criar uma zona de caça turística (para caça fotográfica e interpretação ambiental), porque Sistelo tem condições e a mesma seria de grande importância quer para a freguesia quer para o concelho”.
“Mas, infelizmente, tenho-me debatido com resistências, esbarrei naqueles que defendem o ‘urbanismo’ e que entendem que o ato cinegético é caçar, é matar… Eu faço muita aproximação sem [disparar] uma bala. Não podemos pensar na atividade cinegética como caça, esta correlação não nos dignifica e o mundo rural fica a perder”, salientou Sérgio Rodrigues.
Por fim, o autarca de Sistelo defendeu que “a atividade cinegética apoia a agricultura” na medida em que ajuda a controlar a população de animais selvagens. “A agricultura familiar está a desaparecer, ou a produzir muito pouco, porque o javali dá cabo das culturas, uma vez que os animais [porcos-bravos] não são controlados”, alertou Sérgio Rodrigues.