Alto Minho Science Fest Astronautas e o “bichinho do espaço”

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A “Prova Oral”, programa da Antena 3, foi transmitida diretamente do Espaço Himalaya no passado dia 20 de março, e logo com um painel de luxo dedicado ao mundo fascinante do Espaço.

Tendo como “comandante de missão” o radialista Fernando Alvim, os convidados Ana Pires, primeira cientista-astronauta portuguesa que trabalha num centro de robótica em sistemas autónomos; Rui Moura, investigador da Universidade de Aveiro que participou na experiência ao espaço a bordo do New Shepard, foguetão da Blue Origin, um projeto que contribuiu para o estudo da formação planetária; e Alexandre Silva, professor da Universidade do Minho (UM) que leciona as áreas de Eletrónica, Biomédica e Espaço, refletiram à volta da pergunta “Há vida para além do Minho?”, durante perto de uma hora. 

Apaixonada por tecnologia e engenharia, Ana Pires, que não esconde “o bichinho pelo espaço”, com algum humor à mistura, disse “confiar na existência de seres como nós, não exatamente iguais, capazes de pilotar naves”. Segundo a astronauta, “há provas científicas de que existiu um vulcão que passou um rio em Marte ou que vamos descobrir organismos ou bactérias e, neste plano, o nosso planeta Terra dá-nos muitas pistas sobre isso. Há microrganismos e bactérias que conseguem sobreviver em ambientes extremos. Portanto, eu quero acreditar que tem de haver vida nestes planetas com condições igualmente extremas”, elaborou a cientista de Espinho que investiga no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência. 

Especialista em Geologia planetária e Geofísica, Rui Moura, um estudioso das ferramentas científicas do programa Apollo, discorreu sobre as propriedades do solo lunar, a partir das experiências de microgravidade que conduziu e do voo espacial tripulado, através de exposições de artefactos, que promoveu várias vezes. 

Por seu lado, Alexandre Silva, docente do Departamento de Eletrónica Industrial da Escola de Engenharia da UM, coordenou a colocação em órbita do satélite PROMETHEUS-1 com fins científicos para celebrar meio século da instituição. Está a recolher, a 500 km, dados que serão explorados em várias disciplinas de Engenharia, “uma mais-valia na formação dos estudantes”, permitindo ainda que os alunos “possam fazer atividades de comando e controlo do satélite”, ao mesmo tempo que “podem montar, ou saber o que implica lançar um objeto desta natureza para o Espaço, designadamente as licenças e a contratualização do serviço de lançamento”.

 

“A magia utiliza diversas áreas da ciência para realizar o impossível

Numa vertente mais lúdica, de destacar os espetáculos que entrecruzaram “magia e ciência”, como o do conhecido ilusionista Mário Daniel, que desvendou “truques inspirados em princípios de ciência”. Também Filipe Monteiro, mágico e homem de ciência, produziu um espetáculo de ciência mágica – “Da varinha sai ciência” –, prendendo a atenção do público jovem que também se deixou cativar pela atividade “A Química do Amor”.