A construção de lombas nas passadeiras das principais artérias da vila de Arcos de Valdevez é uma medida que, no entendimento de vários condutores contactados por este jornal, peca por “ser manifestamente exagerada”, não só pela “quantidade de elevações”, mas também pela “altura” e pelo “declive de algumas delas”, como a que está “nas proximidades do Hotel Solar do Requeijo”, onde, no verão, em períodos de grande circulação automóvel, “é inegável o perigo de desregular o tráfego (e de o fazer parar totalmente), sem esquecer o risco de danificar os veículos”.
A construção das passadeiras sobrelevadas vem no seguimento de diversos alertas devido ao excesso de velocidade praticado, por exemplo, entre a rotunda do Lidl e a Ponte do Toural (este tramo é, agora, atravessado por dezenas de lombas/passadeiras sobrelevadas e por lombas em borracha), assim como nos arruamentos dentro do perímetro urbano, onde o perigo para os peões espreita constantemente, atendendo à proximidade de escolas.
Independentemente das boas intenções do Município, a medida está longe de ser consensual. Há quem considere que “traz vantagens para os peões”, visto que “muitos condutores excediam a velocidade” e “não respeitavam as passadeiras”, mas outros discordam e defendem que “não há benefícios para os peões”, pois “as travagens tornam-se bruscas, colocando em causa a segurança dos mesmos”.
Vários automobilistas recomendam, por isso, a “instalação de lombas mais suaves” e a “eliminação das lombas excedentárias e com tamanho anormal”, tendo em conta que o objetivo primacial passa por “reduzir a velocidade”.
De recordar que nos troços onde há maiores excessos do lado dos condutores já existiam anteriormente barreiras de limitação de velocidade (radares de controlo de velocidade, lombas em borracha…) para refrear preventivamente os ímpetos dos condutores mais apressados.
Mais cedo do que tarde é provável que a velocidade de circulação nas localidades portuguesas baixe dos 50 km/h para os 30 km/h, medida que já vigora em várias cidades da Europa.