10.7 C
Arcos de Valdevez Municipality
Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
InícioConcelhoBombeiros de Arcos de Valdevez festejaram 134 anos de “serviço público”

Bombeiros de Arcos de Valdevez festejaram 134 anos de “serviço público”

Date:

Relacionadas

Olho de Lince Mário Soares – 100 anos!

Conheci Mário Soares no Brasil, onde, nas suas idas...
spot_imgspot_img

Bombeiros de Arcos de Valdevez festejaram 134 anos de “serviço público”
Soldados da paz acorrem a “6 mil solicitações de ajuda por ano”
“Associação Humanitária vai construir Creche de apoio e Centro de Dia para o Bombeiro”
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez (AHBVAV) celebrou 134 anos de vida no passado dia 6 de maio. A festa de aniversário abarcou várias iniciativas ao longo da manhã, numa jornada que homenageou os bombeiros falecidos, condecorou os elementos do último concurso de promoção e reconheceu o ex-2.º CODIS, Paulo Barreiro, com a medalha de Oficial Bombeiro da AHBVAV. A anteceder os discursos da praxe, procedeu-se à bênção de seis viaturas e de uma embarcação de socorro. As celebrações findaram com o desfile da frota pelas ruas de Arcos de Valdevez, com o clássico Studebaker (data sensivelmente de1950) na dianteira.
No arranque das comemorações oficiais, foi feita revista à formatura geral dos 134 anos na parada, com apresentação da nova recruta do corpo de bombeiros aos órgãos sociais da AHBVAV. De seguida, o cortejo rumou à Rotunda da Solidariedade, onde foi depositada uma coroa de flores na “Escultura de Homenagem ao Bombeiro”, em respeito pelo lema “Vida por vida” que une os bombeiros, em todas as horas de aflição ou não.
O programa prosseguiu com o hastear de bandeiras e com a receção a diversas individualidades na sede da coletividade. Além de João Manuel Esteves e dos vereadores do executivo, de assinalar a presença de um representante da Liga dos Bombeiros Portuguesas, do comandante sub-regional do Alto Minho e de vários presidentes de associações humanitárias do distrito.
Um dos pontos altos das cerimónias prendeu-se com a bênção – pelo arcipreste de Arcos de Valdevez, padre Luciano Forte – de seis viaturas, nomeadamente duas ambulâncias de socorro, três viaturas de transporte de doentes não urgentes e uma viatura de transporte, além de uma embarcação de socorro, recursos que passam a dotar a AHBVAV de melhores condições para executar a sua missão de “serviço público”, como acentuaram os vários palestrantes da mesa.
Como novidade, cada uma das viaturas tem estampado na porta o nome da junta de freguesia que financeiramente mais contribuiu para a respetiva aquisição: Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada; Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela; Grade e Carralcova; Guilhadeses e Santar; Padroso; Souto e Tabaçô.
Mas, apesar do substancial apetrechamento em anos recentes, a AHBVAV ainda carece de viaturas de combate a incêndios florestais, até porque, numa altura em que se aproxima a fase de maior vigilância e empenhamento aos fogos, o território de Arcos de Valdevez tende a ser o concelho do distrito “mais achatado no que respeita ao número de incêndios rurais, justamente aqueles que criam mais impacto, colocando, em primeira instância, as comunidades em maior risco. Porquê? Porque são incêndios de serra que arrancam com muita velocidade”, avisa Marco Domingues, comandante sub-regional do Alto Minho (ex-1.º CODIS).
Desempenhando um papel imprescindível no socorro à população de Arcos de Valdevez, a AHBVAV responde anualmente a cerca de 6 mil solicitações de ajuda, percorrendo cerca de 500 mil quilómetros por ano no estrito cumprimento da sua missão.
Compõem o quadro ativo do corpo arcuense de bombeiros 72 elementos, muitos dos quais jovens, encontrando-se em formação uma nova recruta constituída por 18 elementos.

 

“Quem falha connosco é a Administração Central”

Apesar do momento festivo, a AHBVAV está confrontada com estrangulamentos vários e o presidente da Federação Distrital, simultaneamente presidente da prestimosa coletividade arcuense, não se coibiu de falar dos problemas, apontando responsáveis. “Quem falha connosco é a Administração Central. Condeno o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), porque este organismo está numa postura desafiante relativamente às associações humanitárias, que cumprem 90% dos serviços efetuados a nível nacional. O conjunto das associações humanitárias do distrito de Viana realiza milhares e milhares de quilómetros para fazer o serviço do INEM e este Instituto, exatamente por agora exigirmos o pagamento […] que é adequado à realidade, pensa que nos assusta com fiscalizações à porta dos hospitais. Não temos medo! Desafio-os a fiscalizarem todas as associações humanitárias e o único corpo de Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo! Que façam essas ações inspetivas, mas peço que não retenham as ambulâncias à porta dos hospitais, porque são recursos que não estão ao serviço do socorro das pessoas. Em abstrato, o que se passa connosco é que um serviço que devia custar 20 euros fica por 5 euros. E devo acrescentar que também condeno a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, reafirmando que a Administração e a Proteção Civil têm de estar mais atentas à nossa realidade”, alertou Germano Amorim.

Na mesma toada, o responsável reclamou maior agilização na entrega de viaturas. “Recentemente, ganhámos um concurso relativo a uma viatura florestal de combate a incêndios (no valor de 400 mil euros) para Arcos de Valdevez, mas ainda não sabemos quando será colocada à nossa disposição. Estranhamente, o distrito de Viana teve direito a uma viatura apenas, ao invés do distrito de Bragança, que receberá treze”, comparou. 

Também a medida de extinguir os comandos distritais de operações de socorro da Proteção Civil (substituídos por comandos sub-regionais) foi visada por Germano Amorim. “Já disse ao presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil [Vítor Paulo Pereira] que esta reforma não faz qualquer sentido, basta dizer que um presidente de uma Comissão Distrital passa a ter a seu cargo dois ou três comandantes. Ou seja, temos uma reforma feita com os pés, não com a cabeça”, criticou o presidente da Federação Distrital

Entretanto, a favor da nobre causa dos bombeiros, a AHBVAV “vai adquirir um prédio contíguo à sede para construir o Centro de Dia para o Bombeiro e uma Creche destinada àqueles que desempenham aqui as suas atividades, otimizando as condições para o cumprimento da sua missão”, anunciou Germano Amorim.

 

 

Apoio de 1500 euros aos Bombeiros

A findar o ato comemorativo no quartel, a Junta da União das Freguesias de Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada celebrou um protocolo de apoio, no valor de 1500 euros, a favor da AHBVAV.

“A verba visa apoiar a atividade da Associação Humanitária, bem como a aquisição de equipamentos”, disse ao NA o presidente daquela agregação de freguesias, Rui Aguiam.

A.F.B.

 

No decurso das comemorações dos 134 anos de existência, a AHBVAV procedeu à entrega de divisas aos bombeiros dos três últimos concursos de promoção:

. Subchefe | António Pinto.

. 1.ª classe | Duarte Nuno Pereira, Jorge Humberto da Silva, António Manuel Silva e Paulo Jorge Rocha.

. 2.ª classe | Pedro Miguel Sousa, Tiago Manuel Rocha, Sandra Cláudia Barreira, Bruno Miguel da Silva, Rosa Maria de Sousa, Jorge Miguel Dias, Luísa Fernandes Barros, Jorge Veloso Amorim, José Manuel Braga, Hélder Domingues, Elisabete Escaleira, Daniel Meneses Pinto e Manuel da Costa Ferreira.

Entrega de divisas aos bombeiros das três últimas formações:

. 3.ª classe | Ricardo Manuel Barbosa, Eduardo Codeço Pereira, João Filipe Coutinho, Tiago Brito Dias, Miguel Araújo Lopes, Jéssica Andreia Barros, Lucas Alexandre Cerqueira, Catarina Maria Brito, Diana Patrícia Pinto, Marlene Barros de Brito, Vânia Barros de Brito, Rosa Mariana Ferreira, Emília Cerdeira, Manuel António Fernandes, Hélder Filipe Fernandes, Jorge Fernando Sousa, Rui Manuel Barros, João Paulo Fernandes, Manuel Alexandre Carvalho, André de Sousa Paredes, Manuel Brito Carvalho, Rúben André Amorim, Thomás Uchôa, Maria Lina Martins, Bárbara Gonçalves de Brito e João Luís Antunes.

Entrega de medalhas do Quadro de Honra aos elementos que ainda não tinham sido agraciados:

. 2.º comandante | José Luís Ferreira.

. 1.ª classe | José Carlos Rodrigues e José Domingos Gomes.

. 2.ª classe | João Manuel Pinto.

. 3.ª classe | Joaquim Abreu Branco e Tristão Rodrigues da Silva.

. Auxiliar | Salvador Varajão Alves Pereira.

Entrega de medalha de Oficial Bombeiro da AHBVAV:

. Ex-2.º CODIS | Paulo Barreiro.

Subscreva

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Recentes