Contrastes no concelho de Arcos de Valdevez

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Arcos de Valdevez é um concelho de contrastes. Entre a sede do concelho e as freguesias do mundo rural há disparidades (e também existem diferenças entre freguesias) que não têm sido corrigidas, porque, de acordo com a oposição, “o executivo municipal gasta milhões na vila dos Arcos e dá migalhas às freguesias”. 

A desigualdade de investimentos em infraestruturas na vila dos Arcos face ao resto do concelho, segundo o maior partido da oposição, “faz cair por terra a apregoada política de coesão territorial”. 

 

Inaugurado o Trilho da Floresta Encantada 

O Trilho PR34 – Trilho da Floresta Encantada (Miranda) foi inaugurado, oficialmente, no passado dia 1 de março, através de uma iniciativa organizada pelo Município. 

A travessia integra um roteiro de trilhos no âmbito do projeto de valorização da faixa oeste de Arcos de Valdevez. Ao todo, o denominado “Território de Santa Cruz” é constituído por 28 trilhos.

O Trilho da Floresta Encantada, que a Câmara arcuense se tem esmerado por promover, é um percurso de pequena rota, com cerca de 5 km de extensão e de fácil grau de dificuldade. 

Os caminheiros encontram na Poça do Couto um painel informativo. 

 

Ecovia de Ermelo cheia de buracos

A Ecovia de Ermelo, apesar de transitável, carece de bastantes trabalhos de manutenção, devido a irregularidades, depressões e buracos no pavimento, entupimento de escoadouros e degradação de estruturas – num tramo perto da sede da freguesia a água da chuva abriu um fosso com uma extensão de dezenas de metros, destapando a tela.  

Com um comprimento de 4500 metros – ligando Igreja (lugar do mosteiro de Ermelo) a Vilarinho de Souto –, a ecopista é, por falta de divulgação, pouco fruída por caminhantes, apesar das idílicas paisagens do horizonte. 

Em terreno quase sempre plano, a ecovia, com painéis informativos e gráficos, é servida por zonas de lazer. 

 

Guardas de segurança para embelezamento

O Município arcuense tem vindo a proceder, há anos, a uma avaliação dos pontos críticos nas vias rodoviárias que atravessam o território, com a finalidade de aumentar a segurança dos utentes, reduzindo, por consequência, os riscos existentes. 

Mas, numa zona de risco nulo ou reduzido, justamente nas proximidades da “Escola das Freirinhas”, onde a vedação existente podia substituir qualquer infraestrutura, funcionando na mesma como um ‘tampão’ – pelo menos enquanto outros troços do território, com precipícios e corgas no horizonte, continuarem desprovidos de estruturas de segurança –, a Câmara Municipal procedeu à instalação de guardas de proteção em madeira num registo que alia o bom gosto ao excesso de zelo. 

Falta de guardas de segurança em troços de risco elevado

Só de olhar (quase) provoca vertigens. São 3 km sem rails de proteção a marginar com a albufeira na Estrada de Baixo da Várzea, um dos “pontos negros” identificados na extensa rodovia que atravessa a freguesia de Soajo. As ravinas que desembocam no espelho de água estão, literalmente, à distância de um infortúnio de condução.

Mas a falta de guardas de segurança em troços de risco elevado acontece ainda em diversas estradas de montanha. Nalguns casos, a prática tem sido instalar as reclamadas guardas de proteção depois de acidentes mortais como sucedeu em Tibo (Gavieira) e nas imediações do Poço das Mantas (Soajo). 

 

Pavimentos em ótimo estado nas principais entradas/saídas da sede do concelho

A falta de verbas comunitárias para a recuperação das estradas tem sido a razão apontada pelo executivo municipal para a degradação da rede viária, mas esse não tem sido problema nas principais entradas/saídas da vila de Arcos de Valdevez, onde a edilidade arcuense, em anos recentes, fez investimentos de monta em pavimentos novos.  

 

Estrada esburacada e sem sinalização horizontal

Estrada esburacada, piso irregular e depressões constantes são algumas das queixas dos automobilistas que atravessam a Estrada Municipal 530 que liga a vila de Soajo aos lugares de Cunhas e Paradela, onde nem sequer existe sinalização horizontal nas estreitas faixas de rodagem – as linhas de delimitação de faixa fazem toda a diferença em condições adversas (nevoeiro e chuva), sendo este um problema que se agudiza de noite.