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“Urge avaliar sistema de comportas para salvaguardar segurança dos banhistas na praia da Valeta”

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O acidente da jovem banhista sugada pela comporta do açude da Valeta subiu a primeiro plano na reunião de Câmara de 6 de julho. O vereador João Braga Simões, “sem querer cavalgar ondas populistas”, referiu que “a ocorrência suscita questões que importa esclarecer” e que “urge avaliar o sistema de comportas subaquáticas, porque, se este modelo não for substituído por um outro mais fiável, a falta de segurança para os banhistas estará sempre presente”. 

“Não é a primeira vez que acontece um acidente do género, este foi ‘apenas’ o mais grave até ao momento (já tinha havido situações de passagem pelos canais/condutas, felizmente, sem consequências para os banhistas), não nos parecendo que estejam ali criadas as condições para se evitar novo infortúnio no futuro. Desde logo devido à questão da sinalética, esta existe, mas só na margem esquerda e a mesma – com a inscrição “Aviso. Não mergulhar. Perigo de afogamento” – está danificada (deve ser trocada). Segundo presenciei (pelo menos até à data de 5 de julho), não há sinalética visível na margem direita, se havia em tempos, admito que sim, ela desapareceu”, observou o jovem médico. 

Para João Braga Simões, “os banhistas que se dirijam à zona da comporta vindos do areal não encontram nada na margem direita do rio que os avise para o perigo que ali se avizinha. Tudo bem que a zona está delimitada com uma cerca (assinalada por boias), tudo bem que há uma época balnear com vigilantes, mas todos sabemos que em abril e maio há pessoas a fazer rio naquela estância e, se tudo continuar na mesma, nada evitará que uma situação destas se repita, sobretudo na pré-época balnear”.

Segundo o vereador do PS, “o problema reside no facto de existir um sistema – com três comportas – colado à praia fluvial da Valeta. Percebo as condicionantes técnicas e ambientais que presidiram à realização do projeto, […] mas o que temos ali é um risco iminente, por muita sinalética que exista. Na ausência de uma cultura de segurança, e face aos comportamentos desavisados que são recorrentes do lado dos veraneantes, acho que é responsabilidade nossa criar condições para garantir que no futuro não haja mais acidentes. Neste sentido, a nossa recomendação é que se proceda a uma reavaliação daquele açude e que se estude a hipótese de retirar o sistema de comportas subaquáticas, substituindo-o por um outro que não seja tão perigoso para quem se banha nas imediações da praia fluvial. Sou de opinião que se justifica uma avaliação do equipamento para remover da praia fluvial este equipamento que é perigoso, da mesma forma que se corrigem estradas (curvas, inclinações e colocação de rails) quando o trajeto é problemático. Ou seja, importa, acima de tudo, realizar uma obra que cumpra a função de assoreamento para manter a praia fluvial, salvaguardando a segurança dos banhistas na praia da Valeta”. 

 

“Câmara questionou empresa para perceber da possibilidade de colocar em funcionamento um equipamento mais eficaz”

Em resposta, o edil João Manuel Esteves adiantou que “a Câmara já questionou a empresa que faz a manutenção do sistema das comportas para perceber da possibilidade de colocar em funcionamento um equipamento ou uma infraestrutura mais eficaz. O nosso plano é melhorar o sistema que existe, sendo certo que foi o comportamento de risco, e nenhuma outra circunstância, que originou o acidente de 22 de junho. Quanto ao açude, informo que o mesmo foi criado para conseguir manter a praia, sob pena de ela já ter desaparecido por completo”, ressalvou.

Na ótica do presidente do Município, “há comportamentos de risco que têm de ser evitados, não é por nenhuma razão em particular que se diz que não se pode mergulhar naquela zona, havendo condutas [comportamentos] que agravam o risco, situação que, de resto, pode ser percecionada no auto lavrado pela GNR”. 

Na contra-argumentação, João Braga Simões reafirmou “não ser este o momento para procurar responsabilidades e também sei, perfeitamente, que há comportamentos de risco que, em última instância, são sempre da responsabilidade de quem os comete. Mas no cerne da questão está o facto de, nas imediações da praia fluvial, existir, insisto, um sistema de comportas que é perigoso. Portanto, o que aconteceu a 22 de junho, infelizmente, poderá verificar-se noutra altura qualquer, porque quem se banha na margem direita não vê sinalética nenhuma, a única que existe é a que está no paredão à esquerda, muito embora haja uma zona sinalizada com boias para aviso dos veraneantes”, concluiu o vereador socialista.

A.F.B.

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