Três clubes de râguebi galegos e outros três minhotos, CRAV incluído, vão formar a Liga Ponte do Minho, uma espécie de ‘Seis Nações’ promovida pela equipa galega Os Ingleses R.C. e pela Universidade de Vigo. Os conjuntos galegos e minhotos do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, da segunda categoria nacional, pretendem materializar uma prometedora associação em forma de competição inter-regional.
Além de Os Ingleses R.C. (Vilagarcía de Arousa) e do CRAV, integram o formato a Universidade Kaleido de Vigo, o Pontevedra R.C., equipas da Primeira Divisão Galega, às quais se juntam o Braga Rugby e o Guimarães Rugby.
Segundo o jornal La Voz de Galicia, “o Torneio Ponte do Minho é o nome escolhido” para esta nova competição. Para David Lema, diretor desportivo do clube Vilagarcia e um dos seus promotores juntamente com membros do organograma técnico da Universidade de Vigo, “está prestes a concretizar-se a Liga Ponte do Minho, com cinco partidas por temporada, a uma só volta, invertendo-se o local do jogo no segundo ano”. Os jogos do torneio serão encaixados em datas livres dos respetivos calendários das ligas galega e portuguesa, mas o cronograma ainda não está definido.
As equipas procuram aumentar o número de jogos competitivos para colmatar os períodos “mortos” da temporada e isso passa por criar uma liga extra a partir do outono.
Para consolidar o projeto, a competição estará fechada a estas seis equipas nos primeiros quatro anos. Com este plano, os promotores ambicionam contar com o apoio do Eixo Atlântico, associação de municípios da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal que leva a cabo iniciativas de cooperação transfronteiriça.
“Forte vontade de iniciar a competição”
Em declarações ao NA, Filipe Machado disse “ver com muito bons olhos esta iniciativa, razão pela qual o CRAV participou desde o início em todas as reuniões sobre o evento. Há em todos os participantes uma forte vontade de lançar e iniciar a competição, que poderá trazer no futuro vários dividendos a vários níveis”.
Apesar dos avanços alcançados, ainda existem arestas por limar. “Há questões a aclarar, nomeadamente a respeito de custos e alguns constrangimentos legais que existem do outro lado da fronteira. Estão acordadas reuniões para breve, pois só agora os clubes estão a encerrar a atividade desportiva da época que os tem assoberbado”.
Para o responsável do CRAV, “as reuniões têm-se pautado por uma grande abertura e franco espírito de colaboração por parte de todos os participantes”.