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Domingo, Outubro 6, 2024
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“Verba atribuída ao Festivinhão é um escândalo”

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O apoio da Câmara às associações de Arcos de Valdevez voltou a estar em foco nos trabalhos da Assembleia Municipal, desta feita com o autarca António Maria Sousa a questionar a “exorbitância” dos valores transferidos pela Câmara Municipal (CM) para a Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez (AVVEZ), em contraste com as “escassas verbas protocoladas com as juntas”. 

“Gostei da eleição de uma jovem de Padreiro como Rainha das Vindimas, bem como da vitória do dueto Maciel e Tânia Araújo no âmbito do concurso ‘Canção Rural’, mas para fazer esta organização não é preciso atribuir 80 mil euros ao engenheiro Vítor Correia [vice-presidente da AVVEZ e diretor técnico do Festivinhão]. No ano passado foram concedidos 79 mil euros, na altura eu disse que era muito dinheiro, mas este ano a CM ainda aumentou a verba”, criticou.

Para o depoente, urge fazer alterações ao figurino do Festivinhão. “Este evento não pode continuar a realizar-se no Jardim dos Centenários, é um sítio escondido. Não admira por isso que no domingo não tenha tido visitantes. Entendo que o Festivinhão deve decorrer no Campo do Trasladário, porque aí tem outra visibilidade. As pessoas que atravessam a avenida passam, reparam, provam vinhos e comem petiscos”, sugeriu António Maria Sousa.

Sem se deter, o autarca de Távora apontou outros aspetos que “correram mal” durante o Festivinhão. “Também não é admissível contratar jovens acanhados da EPRALIMA – atenção que eu tenho muito respeito por estes jovens que estão a aprender – para servirem uma refeição sem jeito nenhum. Por outro lado, o grupo convidado para atuar à noite só fez barulho. Não comparemos o cartaz musical do Festivinhão com o da Feira do Alvarinho de Monção, que contratou a banda Xutos & Pontapés, nome forte do panorama musical que chama sempre muita gente”. 

Apesar de dar nota elevada ao trabalho da CM em matéria de “Desporto”, Cultura e “Ação Social”, António Maria Sousa desabonou a política “despesista” do presidente do Município em relação ao Festivinhão, questionando o destino dado ao dinheiro. “Os 80 mil euros atribuídos à AVVEZ chegavam para custear o jantar dos autarcas de freguesia num bom restaurante, até porque as despesas inerentes à participação das jovens no concurso Rainha das Vindimas ficaram a cargo das juntas concorrentes. Dito isto, o senhor presidente da CM devia envergonhar-se com o escândalo de atribuir 80 mil euros à AVVEZ, isto é um roubo”, denunciou.

O presidente da CM rebateu o carrossel de críticas frisando que “nem tudo pode ser uma roubalheira! Partindo do pressuposto de que o senhor António Maria não pensa que toda a gente anda a roubar, esclareço que o protocolo entre a CM e a AVVEZ não se circunscreve ao Festivinhão, pois a verba em questão visa custear todas as iniciativas programadas pela AVVEZ para 2023. Quanto à degustação que fizemos na EPRALIMA, o objetivo da iniciativa foi a divulgação do trabalho que a escola profissional está a fazer para harmonizar os vinhos e os produtos locais, a ideia não era ir a um restaurante para comer bem. Relativamente ao cartaz musical, entendemos que era importante em 2023 os jovens tocarem no Festivinhão”, justificou.

Em modos de remate, João Manuel Esteves admitiu que “novas circunstâncias hão de acontecer no próximo ano, existindo sempre espaço para melhorar a organização dos eventos”. 

A.F.B.

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