Está em decrescendo o número de espaços ocupados no recinto da feira quinzenal de Arcos de Valdevez. As desistências de lugares têm sido recorrentes, sobretudo desde a pandemia, apesar de os feirantes estarem isentos de pagar taxa pela ocupação de espaço desde essa altura. O problema é ainda mais agudo na feira mensal de Soajo.
As feiras dos Arcos e de Soajo estão a morrer lentamente. Os espaços, onde antes se vendia de tudo um pouco, resumem-se, atualmente, a vendedores de vestuário e de artigos para o lar e afins, misturados com barracas dedicadas ao mundo rural.
O Município de Arcos de Valdevez reconhece que as feiras têm vindo a perder expressão de ano para ano. Confrontado em tempos recentes pela oposição sobre a problemática, o vereador Olegário Gonçalves, que detém o pelouro dos Mercados e Feiras, admitiu que “há, de facto, alguns espaços vagos na feira de Arcos de Valdevez”, observando, no entanto, que, “à semelhança das restantes feiras da região, tem “havido um conjunto de desistências normais, por parte de pessoas que vão envelhecendo e que vão abdicando dos lugares”.
“Medida necessária para salvar a feira de Soajo”
Entretanto, na vila de Soajo, em setembro do ano findo, o executivo social-democrata e a Assembleia de Freguesia resolveram “isentar os feirantes do pagamento da taxa de terrado” – até ali pagavam uma taxa, a qual, no entanto, nunca chegou a ser cobrada desde que o atual executivo assumiu funções, em outubro de 2021.
Segundo o secretário da Junta, “esta é uma medida necessária para salvar a feira de Soajo, porque a mesma está em vias de acabar. Para envolvermos os feirantes, vamos reunir com eles para que os mesmos se comprometam a arrumar o lixo no final da feira. Por outro lado, na sequência da proposta do deputado Albino Enes [eleito nas listas do PS], ser-lhes-á pedido para reorganizar o espaço de modo a concentrar mais os feirantes para que nos dias de feira os residentes de Soajo fruam de algum espaço para estacionamento”, referiu na altura Ivo Baptista.