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Segunda-feira, Dezembro 9, 2024
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Despedimento coletivo na Coindu abrange 103 trabalhadores

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A Administração da Coindu de Padreiro Salvador garante estar a cumprir a lei, no processo de despedimento coletivo que tem em curso, motivado pela “descontinuidade de alguns projetos”.

“A necessidade de recurso ao despedimento coletivo decorre da descontinuidade de alguns projetos que tivemos até à data. A Coindu iniciou o processo, respeitando, de forma integral e escrupulosa, a lei”, sublinha a empresa que se dedica à produção de estofos de couro para automóveis.

A Coindu adianta que “a intenção de proceder a um despedimento coletivo abrange 103 dos 2300 trabalhadores ao serviço da empresa, não havendo lugar ao encerramento de qualquer das suas unidades de produção” (a empresa tem outra fábrica em Joane, Famalicão, além da de Padreiro Salvador). 

Nas palavras da Administração, “a todos os trabalhadores abrangidos pelo referido processo foi enviada a comunicação prevista no artigo 360.º do Código do Trabalho”, sendo que “de seguida dará, nos termos da lei, início à fase de informações e negociação com os trabalhadores”.

“Trata-se de um procedimento transparente e fundamentado, que vem decorrendo com a maior serenidade e com a compreensão por parte dos trabalhadores da Coindu”, assegura a empresa.

Opinião diferente tem o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), que entregou na Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) um pedido de anulação do processo de despedimento coletivo.

“Já realizámos dois plenários na empresa a informar os trabalhadores de que se trata de um despedimento coletivo ilegal e que o caso já foi reportado à ACT. Há pessoas que assinaram as cartas e documentação sem saberem o que estavam a assinar. Quando tentam enganar as pessoas e o sindicato, aí ninguém nos pára. Por esse motivo é que pedimos a anulação do despedimento coletivo”, disse à agência Lusa José Simões, secretário-geral do SIMA. 

Entretanto, a Coindu adianta que vai “continuar a mover esforços no sentido de conseguir novos projetos e manter em pleno funcionamento as unidades”.

“Neste sentido, a Coindu tem vindo a fazer um grande investimento nas áreas tecnológicas com vista a um posicionamento competitivo face aos mercados concorrentes de baixo custo”, adianta a empresa. 

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