Os 350 trabalhadores da Coindu de Padreiro Salvador, que vai fechar portas até ao final do ano, vão receber, além dos direitos previstos ao abrigo do despedimento coletivo, “mais 17%” de indemnização por cada ano de trabalho. Foi o acordo conseguido após horas de negociação no passado dia 6 de dezembro, com a administração da empresa e representantes do Ministério do Trabalho.
“Pedimos 50% de indemnização por cada ano de trabalho e, depois, tivemos de negociar. Obtivemos algum sucesso. Não foi tudo o que queríamos, mas o possível, porque eles [administração] queriam dar zero ou então 10%. Foi uma reunião muito dura, mas conseguimos chegar aos 17% de indemnização por cada ano de trabalho, além dos direitos que os trabalhadores já têm”, explica José Simões, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins. As indemnizações terão de ser pagas quando a empresa deixar de laborar.
“Queríamos que fixassem um dia e hora, mas não conseguimos. O encerramento ocorrerá no dia 28 ou 31 de dezembro”, adianta Simões.
Segundo o responsável sindical, “há várias empresas na região que estão dispostas a contratar alguns dos 350 trabalhadores” que este mês ficam sem emprego.
Para António Cândido, diretor geral da Coindu, ao longo de 2024, a empresa procurou “preservar a situação operacional, transferindo temporariamente algumas produções da fábrica de Joane para a de Arcos de Valdevez, negociando novas oportunidades de projetos. Apesar dos esforços, não foi possível garantir a sustentabilidade produtiva da unidade de Padreiro”, lamenta o administrador.