“Com a nova Escola para o Ensino Artístico de Música, Teatro e Dança, o Agrupamento de Valdevez cumpre o seu desígnio de luta contra todos os tipos de exclusão”

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O ministro da Educação, Ciência e Inovação visitou, no passado dia 20 de março, as obras (terraplanagens) da futura Escola para o Ensino Artístico de Música, Teatro e Dança. A infraestrutura está a ser erigida no recinto da escola sede do Agrupamento de Valdevez. O edifício, a construir de raiz, vai albergar até quatrocentos alunos, representando um investimento de cerca de 2 milhões de euros, verba financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência. Abraçando o caminho encetado pelo Conservatório de Artes de Valdevez, a futura escola estará aberta a jovens que pretendam estudar no âmbito do ensino articulado, mas também poderá ser fruída pelo público adulto. 

Nos discursos da praxe – momento precedido da atuação do Coro do Ensino Básico de Música do Conservatório de Artes de Valdevez, a interpretar com brilhantismo o ciclo da vida do musical O Rei Leão, sob a batuta do maestro Adriano Gonçalves, a que se seguiu a encenação da peça Camões, pelo Clube de Teatro do AEV, dirigido pelo professor José Barros –, a diretora do Agrupamento de Escolas de Valdevez realçou a importância de “oferecer um espaço adequado para o ensino artístico de qualidade […] num território de baixa densidade, sendo o mesmo direcionado a crianças e jovens que percorrem dezenas de quilómetros em trajetos casa-escola e escola-casa. Através de intervenções como esta, concretiza-se a propalada coesão e a escola cumpre, de forma plena e competente, o seu desígnio de luta contra todos os tipos de exclusão”, advogou a professora Anabela Araújo. 

Em sintonia, o presidente da Câmara Municipal, João Manuel Esteves, afirmou que “a nova escola vai prestar um serviço à comunidade, isto é serviço público, para que os jovens de hoje sejam os homens e mulheres construtores de uma sociedade melhor, mais inclusiva e mais próspera”.

Por seu lado, o ministro Fernando Alexandre, que ficou bem impressionado com a organização e a qualidade das instalações, sublinhou que a futura infraestrutura responde à visão estratégica da tutela. “Queremos uma educação que chegue a todos e a todo o território, de modo a permitir, tanto quanto possível, e dentro da utopia que sempre é, uma igualdade de oportunidades no acesso ao ensino. No fim de contas, é fundamental reunir condições para uma ‘educação integral’, uma expressão de Bento de Jesus Caraça, que decorre do livro A Cultura Integral do Indivíduo”.

Para o governante, “o trabalho que Arcos de Valdevez faz, ao aliar a educação e a formação à ciência, às artes e à cultura, é um trabalho exemplar, só possível com a articulação que existe nos vários níveis da Administração Pública”.

Já o Conservatório de Artes de Valdevez assinalou ao NA que a futura Escola de Artes “marca um passo importante para o desenvolvimento do ensino artístico na nossa região, representando um avanço infraestrutural e a consolidação do compromisso de proporcionar uma educação artística de excelência”.  

Encerrou a sessão oficial o Coro do Conservatório com a música Em Valdevez, baseada num poema do poeta e pintor arcuense, Virgílio Ferreira, onde brilhou na voz a aluna Maria Fernandes, da Escola Básica Padre Himalaya (Távora). 

A.F.B.