“Quanto mais soubermos ler os pequenos sinais das crianças, mais teremos a capacidade de responder às suas necessidades”

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A União das Freguesias de Arcos (São Salvador), Vila Fonche e Parada promoveu, no passado dia 22 de março, a oficina “Socorro! Como lido com as birras?”, numa sessão dinamizada por Cátia Graça e Filipa Gomes, especialmente vocacionada para mães, cuidadoras e educadoras.

Mas, afinal, como é que um pai/mãe pode lidar de forma eficaz e tranquila com crianças embirrentas? “Deve olhar para a criança com empatia e nunca com a ideia de que ela é um miniadulto. Os pais e os cuidadores têm responsabilidades na forma como lidam com as crianças”, disse ao NA Filipa Gomes, facilitadora em parentalidade consciente.

“Há estratégias diferentes de educar. Existe uma corrente tradicional, mais permissiva, pessoalmente, acredito mais na corrente consciente, porque, no fundo, todos temos as melhores intenções, sendo certo que todas as crianças têm necessidades diferentes”.

Já Cátia Graça, especialista em desenvolvimento humano, investe tudo na “conexão interior a nível de meditação para nos sentirmos a nós mesmos e sairmos da correria diária. Só quando saímos do frenesim é que estamos predispostos e sensíveis para quem temos à nossa frente. Ou seja, a estratégia é expelir as más emoções para depois estarmos mais disponíveis para acolher os outros, principalmente as nossas crianças e, assim, compreendê-las de forma melhor”.

Para Filipa Gomes o grande desafio que se coloca hoje “é saber lidar com as diferenças de parentalidade que hoje existem, porque, na realidade, ninguém está certo nem errado. O que eu constato é que há um conflito que se relaciona com a história de cada um e a maneira de fazer diferente”. 

Com experiência no início de carreira junto das crianças (bebés), Cátia Graça não esquece os ensinamentos dessas vivências saídas do fundo do coração. “Já trabalhei em contexto de creche e os bebés até 1 ano não se expressam como os adultos e, portanto, quanto mais soubermos ler os pequenos sinais das crianças, mais teremos a capacidade de responder às suas necessidades”.