Está em decrescendo o número de espaços ocupados no recinto da feira mensal de Soajo. Vários dos feirantes com terrado no largo têm desistido devido às dificuldades do setor, que, segundo as associações representativas, vive um momento de “sufoco financeiro”.
A feira de Soajo “está a morrer lentamente”, dizem os habitantes da localidade. Os espaços, onde antes se vendia de tudo um pouco, resumem-se, atualmente, a vendedores de vestuário e de artigos para o lar e afins, misturados com barracas dedicadas ao mundo rural. Também a Junta de Freguesia já reconheceu que a feira tem vindo a perder expressão de ano para ano. À semelhança das restantes feiras da região, tem havido um conjunto de desistências por parte de feirantes. Para travar esta vaga o executivo social-democrata e a Assembleia de Freguesia resolveram, em setembro de 2022, “isentar os feirantes do pagamento da taxa de terrado” – até então pagavam uma taxa, a qual, no entanto, nunca chegou a ser cobrada desde que o atual executivo assumiu funções, em outubro de 2021.
Segundo o secretário da Junta, “esta é uma medida necessária para salvar a feira de Soajo, porque a mesma está em vias de acabar. Para envolvermos os feirantes, vamos reunir com eles para que os mesmos se comprometam a arrumar o lixo no final da feira. Por outro lado, na sequência da proposta do deputado Albino Enes [eleito nas listas do PS], ser-lhes-á pedido para reorganizar o espaço de modo a concentrar mais os feirantes para que nos dias de feira os residentes de Soajo fruam de algum espaço para estacionamento”, referiu na altura Ivo Baptista.