A rede Slow Food dos Mercados da Terra acolheu, no fim de semana de 25 e 26 de novembro, um novo membro, o Mercado de Sistelo, o primeiro em Portugal que passa a fazer parte da rede global, constituída por 95 mercados em todo o mundo. No evento em que o Mercado da Terra de Sistelo se juntou à rede participou uma delegação da Fundação Slow Food Internacional, composta por renomados produtores e membros da Fundação Slow Food.
O Mercado de Sistelo consta de pequenos produtores residentes a norte do concelho de Arcos de Valdevez, que apresentam uma oferta de produtos frescos e de sabores exclusivos, de alta qualidade, nomeadamente hortícolas, feijão terrestre, broa de milho, fruta, queijos, ovos, carnes certificadas, entre outros.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Sistelo, “o principal objetivo do mercado é incentivar a produção e aumentar o número de produtores. O nosso mercado nasceu a partir da ideia de ter um lugar onde os nossos produtores pudessem vender os seus produtos perto do local de produção e diretamente ao consumidor, reduzindo os custos logísticos e otimizando os ganhos. O impacto é enorme. A valorização do produto traduz-se em desenvolvimento sustentável, com um aumento do rendimento e com um desenvolvimento social, ambiental e paisagístico de uma área, onde a paisagem em socalcos é classificada como Monumento Nacional. O Mercado da Terra é também muito importante como atração turística para as dezenas de milhares de visitantes que visitam a aldeia todo ano”, estima Sérgio Rodrigues.
O Mercado da Terra é um projeto implementado pelos membros da comunidade Slow Food “Aldeia Slow Food – Sistelo”, com o apoio da Junta da Freguesia de Sistelo, do Município de Arcos de Valdevez, sendo uma iniciativa financiada pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), e sob a gestão da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado de Lima.