Caixa Multibanco fora de serviço, lixeiras a céu aberto, estacionamento no Largo do Eiró, Campo da Feira repleto de autocaravanas, carros estacionados na faixa de rodagem perto do Poço Negro… Estas foram algumas das situações recorrentes no estio e logo quando Soajo é visitado todos os dias por centenas de turistas e justamente quando a localidade vê a sua população quase triplicar, com a chegada dos emigrantes para o veraneio.
No Largo do Eiró, em vários períodos, a Caixa Multibanco esteve inoperacional, por falta de dinheiro. Apesar do serviço oneroso, a entidade gestora teima em não sanar este constrangimento.
Por outro lado, mantém-se, inalterado, o eterno problema do lixo no verão. Apesar dos anúncios de reforço da frequência de recolha e da otimização da rota, os terminais estão, frequentemente, atolados de lixo, exalando de lá um cheiro nauseabundo. Dizem os populares que é preciso fazer algo mais para preservar o ambiente, o bem-estar da comunidade e a sanidade animal – para agravar o quadro, por falta de civismo, há quem deixe o lixo a céu aberto, mesmo quando os contentores estão meio vazios.
Noutro plano, acreditava-se que o problema do estacionamento nas imediações do Poço Negro poderia ficar resolvido com a aquisição de um terreno no Covelo para esse efeito e com a proibição do estacionamento na faixa que margina com a encosta, mas, afinal, os automobilistas passaram a estacionar na faixa contrária, de pouco ou nada valendo o esforço de organizar o estacionamento no local.
Enfim, apesar da sinalética de proibição, persiste o estacionamento indevido no Largo do Eiró.
Património comunitário ao abandono
A degradação do património histórico e cultural espalhado pelo território de Soajo tem vindo a agudizar-se de ano para ano e, consequência disso, o rico legado comunitário, incluindo fontanários e tanques/lavadouros, apresenta-se, parte dele, arruinado e ao abandono. Apesar de apreciados pelos turistas que procuram voltar às origens nos territórios de montanha, estes elementos que fazem parte da paisagem local carecem de uma intervenção de fundo.
O vasto património comunitário da vila soajeira, bem como o existente nos vários lugares, apresenta-se boa parte dele desvalorizado e descuidado (abundam as plantas infestantes…), apesar dos prometidos arranjos da autarquia soajeira para que todos se possam orgulhar das suas raízes, pois só assim, conforme lembra o povo, “os vindouros poderão usufruir do rico legado – espécie de matriz cultural – que atravessa o território”.
Guardas de segurança metálica ainda por instalar na Várzea
O Município de Arcos de Valdevez autorizou em 2017 a abertura de concurso para colocação de guardas de segurança metálica e respetiva sinalética ao longo da via (estrada de baixo) que liga a barragem de Soajo/Lindoso à Várzea, mas, passados vários anos, os rails de proteção ainda não foram colocados neste troço que margina com a bacia do Lima.
A.F.B.