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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
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Supremo Tribunal de Justiça mantém condenação de Leandro Santos

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Sem clemência. O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a pena de 19 anos e dois meses a Leandro Cassemiro Santos, de 39 anos, por ter matado à facada Lucília Brandão, a ex-companheira de 53 anos, ambos de nacionalidade brasileira. O homicídio registou-se a 11 de março de 2022, na casa da vítima, em Jolda Madalena. 

O homicida, Leandro Santos, recorreu da sentença por achar a pena “excessiva”, defendendo que “não tinha havido especial perversidade” e que se tinha tratado de “um episódio totalmente inesperado e trágico na sua vida”.

Mas os juízes do Supremo tiveram um entendimento diferente e alegaram que Leandro Santos cometeu o “crime de homicídio qualificado, tendo mantido com a ofendida uma relação análoga à dos cônjuges durante 12 anos, escassos dois meses após o termo da mesma, […] quando a asfixia até à morte, atuando com absoluto desprezo por 12 anos de vida em comum, com evidente insensibilidade perante o sofrimento de Lucília”, segundo o despacho a que o JN teve acesso. 

O crime ocorreu em casa de Lucília Brandão. Por “ciúmes”, o agressor, convencido de que Lucília tinha um novo namorado, dirigiu-se, depois de ter faltado ao trabalho, à habitação da vítima, onde encontrou a ex-companheira a estender roupa no pátio, tendo-a esfaqueado e estrangulado até à morte. 

Além dos 19 anos e dois meses de prisão, Leandro Santos foi também condenado a pagar uma indemnização de 150 mil euros (valor acrescido de juros) aos três filhos de Lucília Brandão.

Recorde-se que o Tribunal da Relação de Guimarães, no verão passado, já tinha confirmado a pena de 19 anos e dois meses de prisão a que Leandro Morais havia sido condenado em tribunal de primeira instância. 

 

História de vida do homicida

Leandro Santos foi pai no Brasil com 18 anos, mas separou-se da mulher dois anos depois. 

Com 22 anos, rumou a Portugal e nunca mais regressou ao Brasil, não mantendo qualquer contacto com o filho, já adulto.

De acordo com o JN, a mãe de Leandro, extremamente devota, ficou horrorizada com a natureza do crime e não mostra recetividade para apoiar o filho.

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