Conhecida pela sua qualidade, a laranja de Ermelo requer cuidados como qualquer outro fruto no respetivo ciclo de produção.
Na luta contra a gomose basal (doença causada por fungos), os técnicos recomendam o “desvio dos regos de água e das águas perdidas dos troncos das laranjeiras e plantas afins (de citrinos)”. Complementarmente, “não se deve abrir caldeiras de rega em volta dos troncos”, sendo conveniente, por isso, “desfazer as que existem”.
Faz também parte do manual de boas práticas o “corte da erva em volta do tronco, pelo menos na área de projeção da copa”, bem como o “corte dos ramos mais baixos, casos estes ensombrem ou impeçam a circulação do ar junto ao colo das árvores”.
Segundo o engenheiro Augusto Assunção, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (Divisão de Apoio ao Setor Agroalimentar), as duas principais sintomatologias presentes nos pomares de Ermelo são “os ataques de fitóftora a nível do colo, devido ao estalar (descolar) da casca junto ao solo, assim como as situações de míldio ou aguado, por causa da humidade, algo que se reflete na parte aérea das plantas, com uma acentuada desfolhação”.
Apesar da escassa dezena de produtores, mantém-se viva em Ermelo a cultura da laranja, já que alguns produtores, a expensas próprias, têm feito renovação dos laranjais, fazendo jus à excelência do produto que está contemplado na fundação internacional Slow Food.
Recentemente, a Junta de Freguesia patrocinou uma pequena plantação de laranjeiras.