Os documentos relativos à prestação de contas do Município de Arcos de Valdevez, referentes ao ano de 2023, foram aprovados por maioria, com cinco votos a favor (PSD) e um contra (Isabel Carvalho Araújo, do PS), numa sessão em que João Braga Simões não esteve presente por razões de índole profissional.
A edilidade arcuense conseguiu em 2023 “a maior execução orçamental da receita e da despesa da última década”, tendo sido apurada uma “execução da receita no valor de cerca 31,3 milhões de euros” e uma “execução da despesa no valor de cerca de 31,1 milhões de euros”, representando “um aumento de 3,2 milhões de euros face ao ano transato e uma taxa de execução de 94%”.
De acordo com os documentos, a receita corrente cifrou-se em cerca de 23,6 milhões de euros e a receita de capital ascendeu a 7,7 milhões de euros. A despesa corrente atingiu os 19,5 milhões de euros e a despesa de capital rondou os 11,7 milhões de euros.
“A dívida orçamental baixou para os 5,8 milhões de euros, com uma redução de cerca de 1 milhão de euros face ao ano anterior”, regozija-se o executivo municipal.
“A Autarquia cumpriu o princípio do equilíbrio orçamental e todos os limites legais de endividamento, estipulados por lei. O prazo médio de pagamentos é inferior a 30 dias”, acrescenta-se na declaração de voto subscrita pelos vereadores do PSD, que o vice-presidente, Olegário Gonçalves, leu na reunião de Câmara de 11 de abril.
Com reparos ao “envio tardio dos documentos”, a vereadora Isabel Carvalho Araújo justificou a posição do PS. “Não podemos acompanhar uma prestação de contas que não reflete aquela que foi a nossa posição na votação do Orçamento. E não reflete a nossa visão para boa parte da despesa feita pelo Município, sendo que o volume de investimento na sede do concelho (Ecoparque do Vez, Acessibilidade 360º, Esplanadas do Vez e a futura requalificação do Trasladário) está a gerar assimetrias no concelho”, criticou a vereadora socialista.
“Na zona do Trasladário, várias obras de grande monta foram impugnadas por empresas concorrentes, levando à interrupção de trabalhos e à derrapagem de valores e prazos, como vimos no caso do Ecoparque do Vez”, apontou Isabel Carvalho Araújo.