Quando vou a Braga compro sempre algum livro na Fnac. Desta vez, adquiri S. Pio de Pietrelcina, santo contemporâneo, falecido em 1968.
Eis uma citação do livro: “Um dia, um honrado democrata-cristão tentou deter o Pe. Pio, que passava por entre duas alas de pessoas. O Pe. Pio fingiu que não o via. Então o secretário aproximou-se dele e disse-lhe que aquele honrado senhor desejava falar-lhe”.
“Que pensa você, que todos somos ladrões? – perguntou o político, magoado, ao Pe. Pio. Este respondeu secamente: não penso, digo!”
São Pio de Pietrelcina é um santo italiano. Que sorte a nossa sermos arcuenses, onde estes fenómenos não existem. Que sorte a nossa sermos portugueses, onde a classe política – entre os quais tesoureiros, secretários, presidentes de junta, membros do Parlamento e do Governo – é extremamente séria e acima de qualquer suspeita: do 25 de Abril até agora, antes e depois de José Sócrates e Duarte Lima.
Como portugueses, devemos continuar felizes, porque a “marca d’água” da seriedade no seio da classe política permanece imaculada.
Gaspar Pinto