Sempre que o Governo Central é PSD nos Arcos não há eventos ou imagens satíricas, mas há exceções.
Não se deve desejar a morte a ninguém, até porque esta é inexorável para todos ao longo do tempo, mas recordo que, no corso arcuense, há uns anos, foram a sepultar dois “insignes” políticos dos Arcos.
Estavam ambos infinitamente felizes e sorridentes, um por ir acompanhado por tão importante personagem e o outro porque o serviço fúnebre era provavelmente gratuito.
Entretanto, li no jornal Notícias dos Arcos, como todos leram, que “a SCMAV emprega 416 pessoas”, o que não se diz é que os “servos da gleba” não ganham mais que o ordenado mínimo nacional em dissonância com alguns honorários que se praticam naquela casa.
O que não se diz é que a rainha D. Leonor e o rei (marido) D. João II, fundadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, ficariam estarrecidos de indignação ao ver tantas mordomias. É que a SCMAV, tal como me disse um antigo capelão (só não digo o nome porque ele me pediu sigilo), “só é misericordiosa de nome”.
É bom recordar que a Santa Casa, na sua origem, era servida por pessoas despojadas e desprendidas, e estava ao serviço dos pobres e necessitados.
Gaspar Pinto