Sem fim à vista para as guerras na Ucrânia e na Palestina, será que vivemos realmente num mundo civilizado? Há quem não queira saber que Putin só iniciou a invasão na Ucrânia depois de frustradas tentativas da instalação naquele país de milhares de técnicos e terroristas ao serviço países do ocidente com o objetivo de se infiltrarem na Rússia para executarem atos de sabotagem militar e económica. Mas, se o tiro não saiu frustrado, a destruição da Ucrânia é um facto lamentável. E esta guerra poderia e deveria acabar mais cedo, sem vencidos e vencedores. Estamos na Europa e a diplomacia deveria sobrepor-se à carnificina e destruição. Enquanto isso, a União Europeia, a Inglaterra, os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália preferem continuar a abastecer o líder da Ucrânia com armas sofisticadas.
E quem liga ou se interessa pela Terra Santa, onde se apregoa que nasceu Jesus Cristo? Na martirizada Palestina, o povo sem armas de defesa, sobretudo crianças e mulheres, é sacrificado todos os dias e expulso das suas terras. Para esse povo martirizado não há norte-americanos nem tampouco.
Quem promove a guerra, qualquer que seja a sua cor, deveria ser punido…
Fim de ano…
Que esperar de 2025? Para já, são anunciados aumentos de alguns alimentos de extrema necessidade. Temo que a estabilidade deixada pelo governo de António Costa não tenha a devida continuidade a nível económico e social. As greves sucedem-se nos últimos tempos e prometem continuar no ano em curso. Moedas não é capaz de resolver o problema da higiene urbana em Lisboa, Paulo Rangel no Ministério dos Negócios Estrangeiros tem comportamentos impulsivos e o primeiro-ministro parece frio e “senhor do seu nariz”!
Aqui, pela nossa terra, a novidade prende-se com as lombas e o seu oneroso asfaltamento, tantas são para quem entra na vila de automóvel, é como participar num autêntico “Bailinho da Madeira”. A velocidade tem limites e as leis deveriam ser cumpridas com normalidade.
De resto, nesta quadra festiva, vimos imigrantes, mais movimento, mas em certos dias, devido ao encerramento dos estabelecimentos locais, muitos visitantes queixavam-se disso em plena rua.
De volta ao fascismo?
Lembro-me da Pensão Alcobia, do nosso conterrâneo José Rodrigues, que servia de alojamento aos arcuenses que vivem e viveram no Martim Moniz, bairro de gente pobre e trabalhadora. Os regimes autoritários e fascistas sempre desprezaram os bairros pobres, mas era ali que encontrávamos os arcuenses que trabalhavam em Lisboa. A Pensão Alcobia era a referência desses encontros. E não eram poucos os que consideravam a Pensão Alcobia o “Consulado” dos Arcos. Mas o bairro Martim Moniz foi assaltado e as pessoas violentadas como nos velhos tempos do salazarismo. A maior vergonha depois do 25 de Abril e da Liberdade. E já bastaria para vergonha (ou identificação?) a ação militar impondo e expondo seres humanos na cidade de Lisboa, a mando do governador, ou do atual governo, para uma imagem degradante e podre de uma classe política que, apesar de eleita democraticamente, tenta resolver os problemas sociais pelo poder da força. Tudo isto é ridículo e Portugal deu ao mundo a nova imagem dos responsáveis e herdeiros de uma Revolução que nos restituiu a liberdade e onde os direitos humanos eram respeitados. E são estes senhores que acusavam os democratas de torturarem e de comerem crianças, quando, inconformados com a liberdade conquistada a duras penas, queimavam sedes dos partidos, incendiavam carros de gama alta e espalhavam o fim do direito de propriedade, simplesmente para justificarem os crimes que praticavam e sonham voltar a praticar. Uma vergonha!
- Peixoto