Não temos a menor dúvida de que o Papa Francisco lutaria ao lado dos militares de Abril pela restauração da liberdade e dignidade em Portugal de 1974. E se os portugueses do patriotismo e da dignidade assim o fizeram, o Papa Francisco jamais deixaria de o fazer. A liberdade e o patriotismo estão sempre ao lado da maioria dos homens de bem. É certo que este ano a morte de um PAPA BOM impediu que a mais recente efeméride histórica de Portugal se limitasse a alguns discursos lunáticos em que os inimigos do povo, os eternos farsantes da direita, prometeram aos eleitores benesses que, como setas diabólicas, procuram sempre oprimir quem trabalha e quem produz. E para já há dois objetivos em que a direita está diabolicamente interessada: a venda ao desbarato da TAP e a entrega da saúde aos privados, para que os oligarcas deste País, cujo nome até parece uma herança russa, se unam mais facilmente aos capitalistas nacionais e internacionais, mas à custa de um povo que espera que o verdadeiro 25 de Abril lhe possa oferecer, nas esperanças de Zeca Afonso, um nível de bem-estar compatível com o melhor da Velha Europa. E os portugueses merecem.
Viva o 25 de Abril!
Foi neste mês que os militares de Abril nos restituíram a Liberdade, que durante meio século de ditadura oprimiam as pessoas sob o silêncio imposto por uma censura que chegava até este jornal. O povo sofria sem se aperceber da sua origem, e os mais sabidos até fingiam não saber o que se passava nas masmorras da PIDE, dos fortes de Caxias, de Peniche, de Cabo Verde, nem mesmo das diversas prisões que em Lisboa e noutras cidades portuguesas torturavam sem qualquer crime muitos que tinham a coragem de se oporem ao regime fascista de que alguns, ainda nos dias de hoje, sentem saudades. Eram também fascistas e colaborantes. Mas agora valem-se da democracia para viverem, sobretudo alguns jovens que continuam a servir partidos que disfarçadamente lhes apontam caminhos que não sendo seus, lhes acenam com um futuro de liberdade e prosperidade. É uma falsidade e um engano, mas a verdade é que a ignorância continua a viver na cabeça de muitos jovens impreparados para enfrentar as teias da falsidade. Da minha parte, com a experiência vivida durante muitas décadas, lamento falar de Abril e da Liberdade nesta data onde as guerras continuam a ceifar a vida de milhares de vítimas do poder económico; e lamento a morte do papa Francisco que serviu a humanidade e nos deixou a esperança e o dever de que vale a pena continuar a servir a Paz e a Liberdade. Enfim, que o 25 de Abril continue a iluminar a mente das pessoas de bem, até porque os oportunistas não olham a meios para atingir diabólicos meios. E como sempre, VIVA o 25 de ABRIL!
- Peixoto