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Além do “monopólio na organização de festas” PS acusa FOLIA de “distribuir rendas com os apoios que recebe do Município”

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Os vereadores João Braga Simões e Isabel Carvalho Araújo, do PS, votaram contra o apoio municipal à Associação FOLIA para a realização das festas de S. João e de Nossa Senhora da Lapa, acusando a maioria social-democrata, que aprovou a proposta, de insistir em “erros do passado”. 

“Chegamos à época das festas e, mais uma vez, vem a esta Câmara para aprovação o protocolo com a FOLIA. Desta vez, pedi aos serviços que me enviassem o Relatório de Contas e os Planos de Atividades dos últimos anos. Infelizmente os serviços só tiveram oportunidade de me enviar o deste ano. Não será grave. A análise que faço é simples e não carece de mais do que um ano de contas para se perceber do que estamos a falar. Depois é só multiplicar pelos anos passados”, começou por dizer o vereador João Braga Simões na reunião de Câmara de 20 de junho.

Para o principal partido da oposição urge alargar o modelo de organização a outras entidades em vez de “continuar a favorecer negócios privados de familiares diretos de membros da Direção da FOLIA. […] Já no órgão executivo municipal, e em sede de Assembleia Municipal, propusemos que fosse revisto o modelo, que mais instituições se estabelecessem como parceiras, o que, com certeza, só acrescentaria qualidade às festas e transparência ao processo. Mas não. Em 2024, como nos últimos vinte anos, opta-se por se fingir que não se vê o que se passa”, ironiza João Braga Simões. 

Em causa os trabalhos (design e promoção) que a FOLIA consigna a “uma empresa do seio familiar de Rui Aguiam” e os últimos valores protocolados como referência: “Festas de Nossa Senhora da Lapa (16 401,94 euros), Carnaval (5507,94 euros), S. João da Valeta (1230 euros) e Passagem de Ano (922,50 euros)”.

 

“Em qualquer lugar do país este compadrio causaria escândalo”

Sem paninhos quentes, o PS nomeou os “beneficiários do compadrio”. “De Rui Aguiam pai para Rui Aguiam filho. Em qualquer lugar do país isto causaria escândalo. Nos Arcos, é normal. Estivemos durante anos a tentar na Câmara e na Assembleia Municipal que esta situação fosse corrigida sem expor nomes e tentando poupar as instituições. Não dá mais. O descaramento tem de ter limites. A Câmara nada fez, mesmo sabendo, o que só me faz pensar que vive tranquila com este uso de dinheiros públicos. Os vereadores do PS não convivem bem com este tipo de compadrio, com este tipo de favorecimento. Não queremos, nem podemos, deixar que a geração de jovens que está a iniciar as suas vidas olhe para este tipo de comportamento e o normalize, ache que é assim que as instituições se relacionam ou que é este o uso a dar ao erário público. Esgotámos todas as possibilidades antes de chegar a este ponto. [Em conformidade], votamos contra [a proposta de apoio camarário à Associação FOLIA para a organização das festas de S. João e de Nossa Senhora da Lapa], assim justificou a vereação socialista a sua tomada de posição, visando, uma e outra vez, a dialética dos promotores das festas e o “monopólio” da FOLIA na organização das mesmas. 

“Antes ainda que venham dizer que o PS é contra as festas, como é habitual quando não encontram argumento melhor para defender o indefensável, esclareço, já, que não irão longe. As pessoas conhecem os vereadores do PS, sabem que gostamos e frequentamos com alegria as nossas festas. Queremos que corram bem, que sejam um espaço de reencontro entre amigos e familiares, que sejam um espaço de promoção do concelho. Mas não queremos uma Associação que, à boleia de ter o monopólio da organização de festas, promove uma casta de predestinados e distribui rendas com os apoios que recebe do Município”, acusa João Braga Simões. 

 

“A FOLIA nada tem a comentar”

Interpelado pelo NA, Rui Aguiam afirmou “nada ter a comentar sobre as declarações do PS seja na qualidade de vice-presidente da Associação FOLIA, seja na qualidade de pai”, ressalvando, no entanto, que “o tempo será bom conselheiro”.

Noutras intervenções públicas proferidas em momentos anteriores sobre a temática em apreço, Rui Aguiam queixou-se de “perseguição pessoal por parte do PS”. 

A.F.B.

 

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