Eu, Manuel de Jesus Alves Garcia, e a minha mulher, Miquelina Jesus Alves Garcia, ambos militantes do Partido Socialista (PS), decidimos enviar, recentemente, os respetivos cartões de militantes para a sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.
A razão prende-se com o facto de eu ser dos militantes mais velhos do Núcleo da Secção de Arcos de Valdevez, mas, paradoxalmente, as pessoas que estão à frente do PS deixaram de me convidar para os eventos do partido. Lembro que, além de pagar as quotas e do muito trabalho que fiz pelo PS, percorrendo centenas de quilómetros a expensas próprias, ainda paguei do meu bolso (20 contos) o concerto de uma aparelhagem de som do partido, tendo feito a deslocação à cidade de Braga para esse efeito.
Lamento a cobardia e a falta de respeito das pessoas que estão na Concelhia e na Distrital, deixei de contar porque agora os convites são feitos através das novas tecnologias. Quem não domina as ferramentas digitais, ou não tem email, não interessa.
Conheço um amigo, que eu quero manter no anonimato, que também lutou pelo PS, a quem não foi pago o dinheiro que emprestou ao partido. É uma pessoa que pagou sempre as quotas e que ajudou a custear as campanhas eleitorais locais, mas, incompreensivelmente, só tem sido prejudicado, inclusive na sua carreira profissional pelos próprios socialistas. Uma vergonha!
Tenham vergonha, cumpram aquilo que prometem e nomeiem pessoas honestas, sérias e competentes para os lugares certos.
Faz-me lembrar o tempo de Salazar: nós, os pobres, andávamos a pedir para sobreviver e os Políticos andam a pedir votos para enriquecer. Mais uma vez digo, haja vergonha!
Manuel de Jesus Alves Garcia (freguesia de Vilela), militante do PS n.º 4361