O presidente da Câmara Municipal aproveitou a visita-relâmpago do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, ao concelho arcuense para exercer pressão política com enfoque nas acessibilidades.
“Tal como a habitação, também a mobilidade/acessibilidade é central no nosso processo de desenvolvimento. Cabem nesta lógica a melhoria da ligação transfronteiriça entre o IC28 e a Madalena, zona de fronteira com o segundo maior dinamismo económico do Alto Minho. No âmbito das ligações regionais, tenho solicitado à empresa Infraestruturas de Portugal (IP) a melhoria da EN202, estrada que liga Arcos de Valdevez a Ponte de Lima por Refoios, pois precisamos de concluir a operação que vai a meio. A isso acresce a EN101, um troço muito importante que também carece de uma intervenção, assim como o eixo transversal da EN303, entre Arcos de Valdevez e Paredes de Coura”, especificou o edil João Manuel Esteves.
Em resposta, o governante não se comprometeu em relação à ligação do IC28 à Fronteira da Madalena. “Desde a intervenção feita neste troço, no âmbito do ‘cardápio’ de reivindicações do ‘orçamento limiano’, protagonizado por Daniel Campelo, já passaram vários governos (de diferentes forças partidárias) e nenhum cumpriu. Não estou a dizer que vou cumprir, estive lá hoje [2 de dezembro] e estamos, objetivamente, a estudar a forma de melhorar a ligação à Fronteira, algo que não esteve na discussão da última Cimeira Ibérica, mas que está entre as nossas prioridades, porque é absolutamente urgente”, admitiu Miguel Pinto Luz.
Quanto à EN101, “há um compromisso do Governo em intervir na variante de Vila Verde (Braga), mas o desafio de expandir 15 km a empreitada de modo a servir mais 30 mil concidadãos dos Arcos e da Barca será uma nota a endereçar à IP”, adiantou o antigo vice-presidente da Câmara de Cascais, que também colocou a EN303 na “linha de ação do Governo”.
Já no plano da ferrovia, o presidente da Câmara manifestou “interesse em apanhar o comboio, não que o TGV passe necessariamente nos Arcos, mas chegando lá mais rápido”. A este respeito, o ministro das Infraestruturas clarificou que “não vai haver estação de TGV nos Arcos”.
“Expansão da rede de fibra ótica”
Vista como “estratégica”, a acessibilidade digital tem conhecido avanços e o concurso está perto de ser concretizado para “expandir a rede de fibra ótica, porque tal operação vai permitir otimizar as telecomunicações e a tecnologia wi-fi, pois as pessoas que trabalham e passam férias querem esta ferramenta”, ressalvou o presidente da Câmara.
Em sintonia, o governante Miguel Pinto Luz reconheceu “a importância do concurso para obviar às ‘áreas brancas’, mediante a colocação de fibra ótica em mais território para alimentar as antenas celulares e, por essa via, disseminar os sinais 4G e 5G”.
A.F.B.