Vários incêndios lavraram no concelho de Arcos de Valdevez no fim de semana de 17 e 18 de agosto. A recorrência das chamas em flancos próximos aponta para mão criminosa.
O incêndio de Cabreiro, em área de muito difícil acesso (com escarpas), foi o que deu mais trabalho aos bombeiros e no combate às chamas, com duas frentes ativas, estiveram envolvidos cinco meios aéreos (dois Canadair incluídos) e perto de cem operacionais, que trabalharam com ferramentas manuais e mecânicas, de modo a fazer faixas de segurança em zonas críticas, para conter o fogo. Uma bombeira de Monção sofreu ferimentos num braço.
Mas o passado fim de semana caracterizou-se pela ocorrência de vários focos de incêndio e a consequente dispersão de meios, com deflagrações em S. Jorge, Padreiro, Rio Frio e Gondoriz, este com mobilização de dezenas de bombeiros, além de três meios aéreos.
Depois de um sábado infernal e de muito trabalho de consolidação, soou novo alerta de incêndio, pelas 18.30 de domingo, desta feita em Parada, numa zona de mato e floresta. Devido à intensidade das chamas, a EN303 (entre Rio Frio e o Monte do Castelo) foi temporariamente cortada ao trânsito. No combate a este incêndio estiveram mais de noventa “soldados da paz”, apoiados por 24 viaturas e vários meios aéreos (enquanto as condições de operacionalidade o permitiram).
Apesar do susto das chamas no horizonte, em nenhum dos incêndios houve casas em risco.