O neurologista arcuense Alexandre Castro Caldas lançou, recentemente, o livro Inteligência Vital, Estupidez Artificial (Editora Contraponto), isto numa altura em que a expressão “inteligência artificial” entrou no léxico comum, embora a denominação remonte há várias décadas.
Neste trabalho, o conhecido neurologista e professor catedrático jubilado de Neurologia, Alexandre Castro Caldas, aprofunda a evolução do conceito de “inteligência” ao longo dos séculos e apresenta-a como uma capacidade não exclusiva dos seres humanos, mas própria dos seres vivos em geral, embora com designações diferentes de espécie para espécie.
Neste campo, há muitas questões que se podem colocar com toda a acuidade: serão as máquinas capazes de produzir e revelar inteligência? Existirá, na verdade, inteligência artificial? Ou o ambicioso projeto surgido nos anos 60 do século passado, que pretendia copiar a mente humana, limitar-se-á a simular grosseiramente o que é próprio dos seres vivos?
Entrecruzando os conhecimentos de várias disciplinas, da biologia à antropologia, sem esquecer a filosofia, Alexandre Castro Caldas dá enfoque ao conceito de “inteligência vital” com o intuito de compreender o conceito do momento, a “inteligência artificial”, que compara a uma flor de plástico, na exata medida em que esta poderá ser bela, mas nunca sublime.
Álvaro Laborinho Lúcio escreve no prefácio que, através do livro Inteligência Vital, Estupidez Artificial, o leitor tem nas mãos “uma eloquente caminhada ao longo da História do conhecimento. […] Alexandre Castro Caldas deixa escancarada a porta para o debate. Para o debate necessário”.
“Ajuda-nos aqui a caminhar na busca de respostas. Das respostas que nos cabe, a nós, leitores e cidadãos, construir, e não das respostas encontradas já feitas e prontas a servir. Por isso, a urgência desta leitura”, defende o magistrado e antigo ministro da Justiça, Laborinho Lúcio.