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Hospital de Santa Luzia sem serviço de urgência no fim de semana

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O serviço de medicina interna e de cirurgia geral na urgência do Hospital de Viana do Castelo, que pertence à Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), esteve encerrado no fim de semana de 4 e 5 de novembro, devido à luta dos médicos que recusam exceder as 150 horas de trabalho suplementar. Também o serviço de urgência básico do Hospital Conde de Bertiandos (Ponte de Lima), da mesma Unidade Local de Saúde, esteve fechado aos utentes, em virtude da indisponibilidade dos médicos especialistas de medicina interna em realizar mais horas extraordinárias. No seguimento do “terramoto” político desencadeado pela demissão do primeiro-ministro, e em caso de eleições antecipadas, os médicos admitem suspender “greve às horas extraordinárias”. 

Paulo Passos, dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e médico cirurgião no Hospital de Santa Luzia, tem reiterado, em declarações à comunicação social, que “os médicos de cirurgia e os de medicina interna se recusam a ultrapassar o número de horas suplementares previsto na lei”. 

Entretanto, se o país avançar para eleições antecipadas, o protesto dos médicos às horas extraordinárias deverá ser suspenso, dado não “fazer sentido manter o protesto na falta de interlocutor”, dizem os sindicatos, muito embora a decisão seja individual. 

 

Constrangimentos para os doentes

Têm sido vários os “estrangulamentos” no Hospital de Santa Luzia. Face aos recursos reduzidos, tem havido adiamento de algumas consultas de doentes crónicos, que “ficarão em maior risco de ter uma agudização da sua doença”. Também têm sido reportados, desde o passado mês de outubro, casos de suspensão de algumas ecografias a grávidas e situações de adiamento de consultas de rastreio de cancro do colo do útero.

Apesar da luta dos profissionais de saúde, o Hospital de Viana do Castelo tem vindo a assegurar “a assistência a doentes internados 24 horas por dia, sete dias por semana”. 

De referir que, antes da crise política que “rebentou” no passado dia 7 de novembro, o PCP e o PSD-Alto Minho já tinham reclamado “soluções urgentes” ao Governo para resolver os problemas que afetam a saúde na região. 

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