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Sexta-feira, Março 14, 2025
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Turismo e enogastronomia em alta nas estatísticas e nas revistas da especialidade

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Viajar à boleia da natureza e da comida. O turismo e a gastronomia desempenham um papel de vincada importância na dinamização da atividade económica e, no Alto Minho, os eventos gastronómicos são trabalhados, cada vez mais, como complemento à oferta turística.

Foi com base nesta simbiose que o Município participou na XVI edição dos Fins de Semana Gastronómicos, promovida pela entidade do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).  Quem quis degustou alguns dos produtos mais emblemáticos do concelho: a carne da cachena com arroz de feijão tarrestre, o bolo de discos, os charutos dos Arcos e os vinhos verdes. Esta iniciativa foi mais uma oportunidade para divulgar o melhor da gastronomia arcuense e dos produtos locais, mostrando as riquezas culturais e enogastronómicas de Arcos de Valdevez, ao mesmo tempo que permitiu reforçar a visibilidade do território.

A participação no certame sob organização do TPNP resulta da estratégia de promoção da gastronomia local e da restante oferta turística como fatores distintivos num mundo globalizado onde as “experiências culturais são cada vez mais procuradas”, conforme não se cansa de dizer o edil João Manuel Esteves. 

 

Dormidas em crescendo e mercados emergentes

Os frutos desta correlação, que começou a ser trabalhada de forma mais profissional pelos agentes do setor há cerca de uma década, estão, segundo os promotores, devidamente repercutidos nos registos oficiais. Em 2023, os estabelecimentos de alojamento turístico de Arcos de Valdevez registaram “89 mil dormidas”, o equivalente a um “crescimento de 11% face a 2022”. Os indicadores provisórios apontam para a meta das 100 mil dormidas no ano findo. Por outro lado, os números dizem ainda que o território de Arcos de Valdevez acolheu “44 mil hóspedes em 2023, mais 16% face a 2022”, com “duas noites de estada média”. Contas feitas, a área do alojamento turístico de Arcos de Valdevez lucrou “5 milhões de euros em 2023, um aumento de 19% em relação a 2022”.

Como consequência da divulgação que tem sido feita em feiras e espaços internacionais dedicados ao turismo, há um “contingente considerável da visitação” que provém do estrangeiro – e, no atual contexto, os turistas nórdicos e os dos Estados Unidos da América pesam cada vez mais no mercado regional. 

 

Vinhos arcuenses que “casam com a dona lampreia”

Não é o mais procurado, porque o turismo de natureza é, de longe, o maior segmento de todos, mas o turismo gastronómico, que promove a experiência e o saber fazer, está a crescer bastante em Portugal, e o Alto Minho não é exceção. O concelho de Arcos de Valdevez, também neste particular, dispõe de vários produtos de excelência, que estão cada vez mais em revistas da especialidade.

Exemplo disso é a rainha dos mares e dos rios, a lampreia, que escasseia por esta altura do ano nos restaurantes, sendo expectável, no entanto, que a partir de março atraia muitos apreciadores de fora. A iguaria, além de muita arte culinária, reclama um complemento vínico à altura.

A este respeito, o gastrónomo Fernando Melo sugere para acompanhamento do famoso ciclóstomo o Vinho Aphros e o Vinho Verde da Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. O arcuense Aphros (Aphros Wine), do produtor Vasco Croft (Quinta Casal do Paço, Padreiro Salvador), é descrito como um “vinho sofisticado, de grande prazer em boca, e com aromas florais e frutados. Maravilhoso com o clássico arroz de lampreia, reserva boas surpresas à mesa e demonstra a versatilidade da casta e o seu potencial gastronómico”, salienta o conhecido crítico.

Já o Vinhão, da referida Adega, “produzido a partir de cepas velhas entre Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, com mão enológica segura, […] funciona bem com a variante dita à bordalesa, bem como com o arroz de lampreia”. Com um preço muito em conta, tem-se um vinho que também “casa bem com a dona lampreia”, sublinha na revista Evasões Fernando Melo.

 

Vinho Aphros premiado pela crítica especializada

 A Região dos Vinhos Verdes, em tempos recentes, arrecadou dezenas de prémios na imprensa especializada a nível nacional. Aconteceu na cerimónia “Os Melhores do Ano”, da Revista de Vinhos.

Entre os 53 vinhos verdes distinguidos nos “Melhores de Portugal”, por aquela conhecida publicação, conta-se o arcuense Aphros Melissae Branco 2021.  

A.F.B.

 

Breves

 

Programação de eventos

Os municípios alto-minhotos, incluindo o de Arcos de Valdevez, em parceria com a setor da animação, o ramo da restauração e os proprietários de quintas, estão a intensificar, sobretudo na época alta, a programação de eventos com vista à oferta regular de experiências turísticas e enogastronómicas, com o objetivo de aumentar a visitação e o tempo de permanência dos turistas. 

 

Avaliação online dos turistas

Em variadíssimos casos, a experiência do turista só termina depois da viagem de regresso a casa, com as avaliações e partilhas feitas pelos visitantes nas redes sociais. 

 

Sobreposição de eventos

No meio de muitos elogios, existe a queixa recorrente da sobreposição de organizações em concelhos vizinhos, uma realidade que tem o efeito perverso de dispersar visitantes e turistas. 

 

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