Os limites de velocidade no interior dos centros urbanos são uma das maiores preocupações do poder autárquico de norte a sul de Portugal e a requalificação do Campo do Trasladário traz à tona a problemática.
O objetivo da intervenção no Trasladário, através do projeto Acessibilidade 360º, é reconfigurar o uso da artéria principal da vila de Arcos de Valdevez, dar espaço ao peão e a formas de induzir a redução da velocidade dos automobilistas, através da instalação de passadeiras sobrelevadas, sem colocação de sinalética vertical que limite a velocidade.
O Município arcuense segue o exemplo de outras localidades intervindo no Campo do Trasladário que continuará a ser ladeada pela via de circulação automóvel, mas com a novidade de introduzir o conceito de partilha. Como? Se os condutores andarem a 20/30 quilómetros por hora, os cidadãos sentir-se-ão mais à vontade para andar na rua, mas isso exige disciplina, o que está longe de ser um dado adquirido.
O nivelamento da faixa de rodagem com os passeios na área do Campo do Trasladário levanta outra questão, a necessidade de introduzir barreiras físicas, até porque existe o entendimento do lado de muitos observadores de que só a intervenção física disciplinará e regulará o espaço público por parte do automóvel.
Apesar da existência de passadeiras sobrelevadas, há cidadãos que defendem a redução da velocidade na avenida marginal, onde é comum ver carros ultrapassar os limites de velocidade.
Com esta intervenção, pretende a autarquia “reduzir a velocidade, sem retirar os carros”, enquanto introduz o conceito de pedonalização, um objetivo que se afigura “difícil” devido à presença de muitas zonas multifuncionais.
O estacionamento nas zonas abrangidas será “otimizado”.